quinta-feira, 12 de julho de 2007

O Bicho Vai Pegar


Animações são o que há de melhor no cinema atual. Desde a sua popularização com Toy Story (da Disney / Pixar) que este ramo de entretenimento vem evoluindo e, dessa forma, se destacando. Hoje, somente elas (na maioria das vezes) consegue mesclar tantos gêneros distintos como a comédia, aventura, ação e, até mesmo um alto grau de carga dramática e denúncia social (caso da recente animação Happy Feet, da Warner Bros.) num único enredo e de forma extremamente inteligente.

É claro que nem todas que entram em cartaz tem o mesmo padrão de qualidade, porém, analisando O Bicho Vai Pegar, percebe-se que esta encontra-se acima da média. Apesar do tema sobre animais já estar um tanto quanto batido, o primeiro lançamento da divisão de animação da Sony, a Sony Animation, mostra-se bastante divertida, apresentando personagens carismáticos.

É bastante superior a produções recentes com tema semelhante, como Madagascar, Selvagem e Os Sem-Floresta. No entanto, como todas as produções fora do eixo Pixar / Dreamworks (com excessão de A Era do Gelo), pecando pelo mau aproveitamento dos personagens principais, sendo que o filme é conquistado pelos coadjuvantes.

O longa acompanha a história do urso Boog (voz de Martin Lawrence), que foi criado por uma guarda-florestal desde pequeno, porém, após uma série de confusões, ocorridas após o urso conhecer o veado Elliot (voz do também estabanado Ashton Kutcher), ele é forçado a viver na floresta, e mesmo nunca tendo estado lá anteriormente, passa a descobrir seus instintos de naturais e começa uma jornada visando retornar ao seu "lar". Porém ele não contava com a abertura da temporada de caça, muito menos com as amizades que conquistara na floresta.
Um ponto a ser destacada é a presença de canções. Fazia tempo que não utilizavam canções como acréscimo ao enredo de uma animação. Acho que desde os antigos desenhos animados em 2D da Disney. As canções são poucas durante a projeção, porém são bem montadas e, ao contrário de algumas animações anteriores, não atrapalham o ritmo do filme.

As passagens mais engraçadas deste filme são protagonizadas por Elliot, que lembra muito os trejeitos nada normais de seu dublador, o já citado Kutcher. Dentre as boas piadas encontram-se as da cena de apresentação de Elliot, a invasão ao supermercado e a seqüência em que ele fica com o chifre preso no chão (isso mesmo, o chifre no singular, fato esse também motivo de algumas piadas).

O clímax do filme é bastante criativo, com direito a esuqdrilha de fumaça (com gambás alados), saraivada de flechas, tropas de choque e até referências a alguns clássicos do cinema, como Coração Valente e O Massacre da Serra Elétrica.

O filme ainda conta com as vozes de Gary Sinise e Jon Favreau (diretor de Zathura e do filme do Homem-de-Ferro). Esse primeiro exemplar da Sony Pictures Animation mostra que ainda há espaço para novas produtoras no setor de animação, apesar da enorme concorrência. Por fim, um ótimo primeiro passo da produtora (que emendou a seguir A Casa Monstro) rumo a disputa pelo sucesso.

NOTA: 8.

Ficha Técnica
Título Original: Open Season
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2006
Site Oficial:www.obichovaipegar.com.br
Estúdio: Sony Pictures Animation
Distribuição: Sony Pictures Entertainment / Buena Vista International
Direção: Roger Alles, Jill Culton e Anthony Stacchi
Roteiro: Steve Bencich e Ron J. Friedman
Produção: John B. Carls e Steve Moore
Música: Ramin Djawadi
Desenho de Produção: Michael Humphries
Direção de Arte: Luc Desmarchelier e Andrew Edward Harkness
Edição: Ken Solomon e Pam Ziegenhagen

Elenco (Vozes): Martin Lawrence (Boog), Ashton Kutcher (Elliot), Debra Messing (Beth), Billy Connelly (McSquizzy), John Favreau (Reilly), Fergal Reilly (O'Tool), Gary Sinise (Shaw), Jane Krakowski (Giselle), Matthew W. Taylor (Porcupine), Georgia Engel (Bobbie), Danny Mann (Sargento / Deni), Gordon Tootoosis (Gordy), Patrick Warburton (Ian), Cody Cameron (Sr. Weenie).

Trailer: http://br.youtube.com/watch?v=UJbpZPUWhnU

terça-feira, 10 de julho de 2007

A Morte e Vida de Bobby Z



Não espere nenhuma novidade ao assistir a este filme. Se você procura cenas de ação (tiroteios, perseguições de motocicletas, fugas alucinantes), enredo iverossímel e final feliz, com certeza você ficará satisfeito com A Morte e Vida de Bobby Z.

Tim Kearney (Paul Walker, de Velozes e Furiosos) é um presidiário convocado pelo policial Tad Grusza (Laurence Fishburne, da trilogia Matrix) para se passar por Bobby Z, maior traficante de drogas da Califórnia, que acabara de morrer na Tailândia, com o intuito de ser trocado pelo parceiro de Grusza, que fora sequestrado por um grande traficante mexicano (vivido pelo ator português Joaquim de Almeida, da série 24 Horas), que queria o verdadeiro Bobby Z. Porém, surgem alguns contratemopos e a história toma um rumo completamente diferente.

Os primeiros trinta minutos de exibição são interessantes. Os personagens são apresentados, o trabalho de fotografia é belíssimo quando apresenta, em plano aberto, a mansão no campo do vião da história, localizada no México e o filme até aparenta ser interessante. No entanto, fica-se apenas na aparência. Cenas de ação desnecessárias e altamente iverossímeis, roteiro mais iverossímel ainda e um elenco extremamente caricato contribuem para que o filme não acrescente em nada ao gênero.

Para não dizer que o roteiro é a pior coisa do filme, ele acerta ao ressaltar a emigração de mão-de-obra estrangeira (no longa, tailandeses), que são escravizados devido serem ilegais no país e não terem como se comunicar. Pois é, denúncia social mal aproveitada, mas que não deixa de ser denúncia.

Vale ressaltar um fato que não é do filme em si. A principal produtora do filme (que é independente), a Millenium Films, vem lançando cada vez mais filmes no mercado de qualidade acima da média (apesar do baixíssimo orçamento) e vem se destacando no concorrido mercado cinematográfico, adquirindo projetos interessantes e atraindo atores de grande nível, como Al Pacino (no filme 88 Minutos), Josh Hartnett, Hilary Swank, Scarlett Johasson e Aaaron Eckhart (em A Dália Negra, filme de Brian DePalma), dentre outros. Um ótimo sinal, que mostra que ainda existe espaço para bons filmes desenvolvidos por produtoras independentes (após a explosão da Miramax Films) na indústria cinematográfica norte-americana.

Voltando ao filme, apesar de não mostrar nenhuma novidade, se não for levado à sério, A Morte e Vida de Bobby Z é um bom divertimento. Então, se você gosta de filmes de ação, com toques de aventura e comédia, este é um prato cheio. Contudo, se você prefere um filme mais elaborado, corra atrás de outros lançamentos da Millenium Films, como Xeque-Mate, 12 Horas Até o Amanhecer, além dos já citados 88 Minutos e Dália Negra.

NOTA: 6

Ficha Técnica:

Título Original:
The Death and the Life of Bobby Z

Gênero: Drama

Tempo de Duração:
96 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2006Estúdio: Millennium Films / Samdel Pictures / Nu Image Entertainment GmbH / Block Productions / Blue Collar Films / Eclectic Pictures Inc. / Equity Pictures Medienfonds GmbH & Co. KG IV
Distribuição:
Imagem Filmes
Direção:
John Herzfeld
Roteiro:
Bob Krakower, baseado em livro de Don Winslow
Produção:
Matt Luber, Heidi Jo Markel, Keith Samples, Peter Schlessel, Larry Shapiro e Paul Walker
Música: Tim Jones
Edição: Bruce Cannon e Alain Jakubowicz
Efeitos Especiais:
Worldwide FX / Spectrum Effects Inc.

Elenco: Paul Walker, Laurence Fishburne, Jason Lewis, Olivia Wilde, Jason Flemyng, Jacob Vargas e Keith Carradine.

A Gangue Está em Campo


Hollywood adora dramas esportivos com contexto de superação. Principalmente quando em sua trama estao presentes esportes como beiseball, futebol americano ou basquete (esportes tradicionais da cultura norte-americana) misturadas com subúrbios, guetos, jovens deliquentes negros e um final grandiloquente em que ocorre uma volta por cima. A Gangue Está em Campo (Gridiron Gang) poderia ser apenas mais um desses filmes, porém o filme dirigido por Phil Joanou (Desejos), ao contrário de outros exemplares do gênero, possui uma consistência narrativa e coesão acima da média.

O longa narra a história de um homem (Dwayne "The Rock" Johnson) que decide drasticamente os métodos reintegração de jovens presos em uma detenção para menores infratores, através da prática (pelos detentos) de futebol americano, com o objetivo de que eles interajam entre si (ocorrem diversos conflitos devido a eles pertencerem a gangues rivais), adquiram respeito próprio, desenvolvam trabalho em grupo e, dessa forma, se afastem cada vez mais do mundo de gangues e crimes ao qual pertenciam.

Esse drama baseado em fatos-reais (fato bastante corriqueiro em películas hollywoodianas) não é um filme perfeito. Por vezes a história perde o rumo por conta do excesso de clichês e até mesmo por um leve tom de surrealismo (no sentido de não verossímel) em sua narrativa, transformando o filme num tipo de suporte de auto-ajuda.

No entando, um dos méritos do longa está na escalação do elenco. Encabeçado pelo já citado The Rock, ex-lutador de luta livre e astro de filmes como O Escorpião Rei e Doom, mostra que não é apenas uma criação do mercado cinematográfico. Ele demonstra bastante talento ao interpretar (isso mesmo, ele interpreta) o determinado oficial e, também, treinador de futebol americano da detenção. Sua interpretação envolve, comove e , realmente surpreende. Agarra com unhas e dentes o papel que poderá mudar a visão de muitos que não confiavam em seu talento dramático. Talvez exista um ator vivendo por trás de todos aqueles músculos, ao contrário de alguns astros dos anos 80/90.

Também é válido ressaltar a qualidade do elenco de apoio. Formado em sua maioria por atores desconhecidos, eles conseguem transmitir bastante consistência em suas interpretações para o fortalecimento da história do filme.

A Gangue Está em Campo não é um que mudará o mundo cinematográfico, nem tem essa pretenção, porém, é um drama correto que acerta ao balancear denúncia social a trama com o que os americanos melhor sabem fazer (e que nós assistimos e nos emocionamos com o maior gosto), entretenimento de primeira. E é nessa função que o filme se sagra vencedor. Assista e se envolva.

NOTA: 7,5.

Ficha Técnica
Título Original: Gridiron Gang
Gênero: Drama
Tempo de duração: 120 min
Ano de lançamento (EUA): 2006

Estúdio: Columbia Pictures
Distribuição: Universal Pictures (Brasil)
Direção: Phil Joanou
Roteiro: Jeff Maguire
Produção: Lee Stanley, Neil Moritz

Elenco: The Rock, Xzibit, L. Scott Caldwell, Leon Rippy, Kevin Dunn, Michael J. Pagan, Jade Yorker, David V. Thomas, Setu Taase, James Earl.

Trailer: http://br.youtube.com/watch?v=qm8vVSUnUWs

terça-feira, 3 de julho de 2007

Bem vindos!

Olá, em breve estarei postando algumas resenhas de filmes feitas por mim. Elas serão postadas sempre que eu assistir a um novo filme. Não importarão o ano de lançamento, o país de origem ou o gênero do filme, o que imporatará é a qualidade e o apelo do filme. Dessa forma, tanto lançamentos em cinema quanto filmes mais antigos já lançados em vídeo e/ou DVD também terão espaço. Todos os filmes resenhados aqui serão aleatórios, de acordo com o meu tempo disponível para assistí-los e comentá-los.


Espero que curtam o Que Resenha e discutam acerca dos filmes comentados.


Téo Santos.