quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DVD: Minhas Adoráveis Ex-Namoradas (Ghosts of Girlfriend's Past / 2009, EUA)


SINOPSE:

Connor Mead (Matthew McConaughey) é um fotógrafo de celebridades que coleciona ex-namoradas. Acreditando que a vida serve apenas para se divertir e namorar, Connor não entende como alguém pode ter um relacionamento duradouro. Quando seu irmão Paul (Breckin Meyer) se casa ele reencontra Jenny Perotti (Jennifer Garner), a única mulher pela qual realmente se envolveu. À noite ele recebe a visita do tio Wayne (Michael Douglas), um playboy dos anos 70, que lhe diz que receberá a visita dos fantasmas de três ex-namoradas. Através delas Connor percebe as falhas de seus relacionamentos anteriores.

IMPRESSÕES:

Reconheço que Mathew McConaughey (Um Amor de Tesouro) não é lá um ator dotado de performances excepcionais, talentoso ao extremo ou muito menos um cara que sabe como ninguém participar de projetos distintos entre si. Contudo, apesar das limitações artísticas óbvias, gosto muito do seu trabalho que, com aquele jeito um tanto quanto desleixado, transpira carisma e simpatia. Admito que desde Tempo de Matar, ótimo drama de tribunal baseado num best-seller de John Grisham e dirigido por Joel Schumacher e de Amistad, de Steven Spielberg, que não vejo McCounaughey numa película de tom mais sério e, por que não, que exija um pouco mais do ator do que andar por aí sem camisa, mostrando o corpo malhado e a pele bronzeada, além do jeitão de "Don Juan" genérico e surfista da Flórida.


Bem, com esse Minhas Adoráveis Ex-Namoradas McConaughey não muda uma linha de seu estilo de atuação (com excessão das madeixas agora aparadas para esse longa), interpretando o velho conquistador boa vida que, passa o filme inteiro literalmente pegando todas mas, ao final, reconhece a pequenez de suas atitudes e acaba encontrando (ou reencontrando, neste caso específico) o verdadeiro amor, que dessa vez é representado pela figura da um tanto quanto apagada Jennifer Garner (Elektra), que, desde o final da série Alias ainda não mostrou a que veio no cinema.

Como comédia de comportamento e estudo sobre o homem conquistador e que não se apega as pessoas com quem se relaciona, o longa de Mark Waters (As Crônicas de Spiderwick) até que funciona. Mas, como romance de descobrimento e redenção peca bastante, já que a única coisa que mantém um interesse mínimo na projeção do filme é simplesmente a batida e reta atuação de McConaughey, que, apesar de não mudar nunca (será?) e escolher projetos bastante semelhantes entre si, raramente erra a mão. E não seria agora que falharia. Vale pela atuação do meu chapa Matt... cara, quero ser como você quando crescer!

NOTA: 6,5.

Obs.: Logo abaixo uma lista com os nomes dos últimos oito filmes de Matthew McConaughey. Perceba a quantidade de comédias românticas e aventuras (com ênfase na comédia e/ou no romance):

Trovão Tropical (Tropic Thunder, 2008), comédia; Um Amor de Tesouro (Fool's Gold, 2008), aventura/comédia; Nós Somos Marshall* (We Are Marshall, 2006), aventura/drama; Armações do Amor* (Failure to Launch, 2006), comédia / romance; Tudo por Dinheiro (Two For Money, 2005), aventura; Sahara (2004), aventura; Como Perder um Homem em 10 Dias (How to Lose a Guy in 10 Days, 2003), comédia / romance; Reino de Fogo (Reign of Fire, 2002), aventura / açao...

* Filmes que AINDA não pude assistir.

Elenco: Matthew McConaughey, Jennifer Garner, Breckin Meyer, Emma Stone e Michael Douglas.

Ficha Técnica:
Título original
:Ghosts of Girlfriends Past
Gênero
:Comédia Romântica
Duração
:100 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.ghostsofgirlfriendspastmovie.com
Estúdio
:New Line Cinema / Panther
Distribuidora
:PlayArte
Direção
: Mark Waters
Roteiro
:on Lucas e Scott Moore
Produção
:Brad Epstein e Jonathan Shestack
Música
:Rolfe Kent
Fotografia
:Daryn Okada
Direção de arte
:Maria L. Baker
Figurino
:Denise Wingate
Edição
:Bruce Green
Efeitos especiais
:CIS Hollywood / Rhythm and Hues


Trailer:

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DVD: Giallo - Reféns do Medo (Giallo / 2009, EUA/ITA)


SINOPSE:

Celine (Elsa Pataky) é uma modelo americana que foi sequestrada em plena Semana de Moda de Milão. O responsável é Giallo, um serial killer conhecido por fazer suas vítimas passarem por um verdadeiro calvário. A irmã dela, Celine (Emmanuelle Seigner), procura o inspetor Enzo Avolfi (Adrien Brody) para ajudá-la na busca.

IMPRESSÕES:

Confesso que, apesar de não me considerar um cinéfilo (pois não acredito que tenha conhecimento técnico para tanto), me encaixo no perfil de fã de cinema. Contudo, e apesar de (novamente) tentar me manter informado sobre esse tema que tanto me fascina, não sou unanimidade e muito menos conheço tudo aquilo que gostaria de ter conhecido. Abrindo dessa forma, devo admitir que, dentre tantos cânones do mundo cinematográfico ao qual já ouvi e li bastante a respeito, porém nunca tive oportunidade de acompanhar um de seus trabalhos, encontra-se o veterano diretor italiano Dario Argento, bastante cultuado, principalmente no núcleo de admiradores de filmes de horror. Repetindo, nunca tive a oportunidade de assistir a um de seus filmes tidos como clássicos do gênero (quiçá do cinema). No entanto, recentemente me deparei com uma produção nova do diretor italiano chamada Giallo - Reféns do Medo e, após esta ter chamado minha atenção devido a um trailer, decidi conferí-la.


Infelizmente o referido filme, estrelado pelo vencedor do Oscar de melhor ator por O Pianista (2002), Adrien Brody e pela antiga musa de Roman Polanski, Emmanuelle Seigner (Lua de Fel) é, no mínimo, estranho. O enredo é simples, a duração é básica (90 minutos, ou seja, três atos bem definidos), contudo, o desenvolvimento da trama é um tanto quanto amador e, o que mais se destaca na produção, é a óbvia falta de recursos ao qual o filme passou. Apear do esforço de Argento em cliar um clima de tensão durante toda a projeção, esta questão de orçamento limitado acaba por estragar tudo, visto que diversas são as seqüencias mal elaboradas, de ângulos de câmera até ao recurso de efeitos visuais.

A trama do menino feio que cresce desejando se vingar de todos (digam-se todas, pois como na maioria dos filmes do gênero, quem paga o pato é o sexo feminino) aqueles que o maltrataram durante sua infância, do detetive que, apesar de bastante competente, carrega consigo um trauma e possui métodos estranhos de investigação, além da musa frágil que pede ajuda ao detetive para encontrar a irmã desaparecida. Ou seja, além de todas as falhas técnicas, o roteiro ainda possui um emaranhado de clichês que, a julgar pela fama do realizador Argento e do gabarito de Brody e Seigner, resta a dúvida de como tais pessoas conseguiram cometer e realizar tão fraco filme. Posso ter escolhido o título errado para acompanhar a filmografia de Argento, mas se era para um artista tão cultuado envelhecer dirigindo longas desse naipe, o melhor seria a aposentadoria.

NOTA: 5,5.

Elenco: Adrien Brody, Emmanuelle Seigner, Elsa Pataky, Robert Miano e Byron Deirdra.

Ficha Técnica:
Título original
:Giallo
Gênero
:Suspense
Duração
:92 min
Ano de lançamento
:2009
Estúdio:Opera Film Produzione / Giallo Production
Distribuidora
:Califórnia Filmes
Direção
: Dario Argento
Roteiro
:Jim Agnew, Dario Argento e Sean Keller
Produção
:Rafael Primorac e Richard Rionda Del Castro
Música
:Marco Werba
Fotografia
:Frederic Fasano
F
igurino:Stefania Svizzeretto
Edição
:Roberto Silvi


Trailer:

sábado, 17 de outubro de 2009

DVD: Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Dawn / 2001, EUA)

SINOPSE:

Em outubro de 1993, os Estados Unidos enviaram um grande contingente de soldados para a Somália, que estava passando por uma guerra civil na época. O plano do exército americano era enviar tropas para o local a fim de desestabilizar o governo da Somália para poder levar comida e ajuda humanitária para a população faminta. Em uma de suas missões, cerca de 100 soldados são enviados para capturar dois generais somalianos mas a operação, que deveria durar em torno de uma hora, passa por complicações quando dois helicópteros Black Hawk são abatidos por atiradores do exército local. A partir de então tem início um grande conflito entre os soldados americanos e o exército local, que resulta em uma batalha de 15 horas e centenas de mortes.

IMPRESSÕES:

Esta super-produção de Jerry Bruckeheimer (Piratas do Caribe, Armageddon) e dirigida pelo eclético Ridley Scott (Um Bom Ano) é bastante satistatória. Contém energia, uma edição impactante, fotografia deslumbrante e, como destaque maior, um grande elenco que, na época de lançamento do filme, praticamente estavam dubutando numa produção de grande expressão. Enacebaçando o longa está Josh Hartnett (30 Dias de Noite), seguido por Eric Bana (Munique), Sam Shepard (Os Eleitos), Tom Sizemore (O Apanhador de Sonhos), Ewan McGregor (Moulin Rouge - Amor em Vermelho), William Fichtner (série Prison Break), Jeremy Piven (O Reino), Orlando Bloom (Cruzada), Ioan Gruffudd (Quarteto-Fantástico), Hugh Dancy (Dicionário de Cama), dentre alguns outros nomes.

Falcão Negro em Perigo retrata, imageticamente, de forma competente a Somália em conflito da década de 90 (apesar do longa ter sido filmado no Marrocos, mostrando assim a competência técnica do filme) e, através de um roteiro que privilegia o aspecto ação e os diálogos cheios de heroísmo, envolve o espectador que fica aflito com a situação passada pelos jovens soldados norte-americanos. Contudo, em certos momentos, essa inocência e esperança sugerida através destes soldados mostra-se um tanto quanto forçada, principalmente com a imagem hoje tão saturada do povo norte-americano, seu difundido estilo de vida e suas políticas intervencionistas, ao redor do mundo.

Talvez esse exagero de patriotismo tenha decorrido por causa de Bruckheimer, visto que esse ajudou outra produção sua, Pearl Harbor, a afundar (pelo menos no que diz respeito à crítica). Tecnicamente beirando a perfeição e extremamente eficiente em sua execução e retratação do tenso conflito bélico (aspecto este vindo desde o clássico de Steven Spielberg O Resgate do Soldado Ryan), Falcão Negro em Perigo é um bom exemplar do gênero, que abraça uma causa e a defende com unhas e dentes. Contudo, o maior êxito (e falha, ao mesmo tempo) é o espaço relegado as maiores vítimas da ação (péssimamente planejada pelas equipes delta e ranger, é válido registrar), o povo da Somália, que são retratados como seres humanos em poucos momentos e, geralmente, apenas como corpos atirados ao chão entre milicianos e soldados, como se pertencessem apenas ao cenário do conflito e não fossem vítimas deste. É válido refletir...

NOTA: 7,5.

Elenco: Josh Hartnett, Eric Bana, Sam Shepard, Tom Sizemore, William Fichtner.

Ficha Técnica:
Título original
:Black Hawk Down
Gênero
:Drama
Duração
:143 min
Ano de lançamento
:2001
Site oficial
:http://www.spe.sony.com/movies/blackhawkdown/
Estúdio
:Columbia Pictures Corporation / Revolution Studios / Jerry Bruckheimer Films
Distribuidora
:Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Direção
: Ridley Scott
Roteiro
:Ken Nolan, baseado em livro de Mark Bowden
Produção
:Jerry Bruckheimer e Ridley Scott
Música
:Hans Zimmer
Fotografia
:Slavomir Idziak
Direção de arte
:Pier Luigi Basile e Marco Trentini
Figurino
:Sammy Howarth e David Murphy
Edição
:Pietro Scalia


Trailer:

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DVD: 13° Distrito (Banlieue 13) / 13° Distrito - Ultimato (Banlieue 13 - Ultimatum) (2004, 2009 / FRA)

























SINOPSE(s):

13° Distrito: Paris, 2010. Diante do aumento inevitável da criminalidade em alguns subúrbios, o governo autoriza a construção de um muro de isolamento ao redor dos bairros classificados como de alto risco. O pior de todos é o 13º distrito, que é controlado por um chefão do crime, Taha (Dominique Dorol). Um jovem punk íntegro, Leïto (David Belle), está determinador em acabar com seu poder. Quando Taha retalia seqüestrando a irmã de Leito, Lola (Dany Verissimo), seu irmão tenta resgatá-la, mas é traído pelo chefe da delegacia do 13º distrito, que temia o poder de Taha. Leïto acaba sendo preso e Lola é mantida prisioneira de Taha, que colocou uma coleira nela, como se fosse uma cadela. Após 6 meses um míssil é roubado e ao agente Damien (Cyril Raffaelli) é dada a quase impossível missão de desarmá-lo, pois está no distrito B13 e em poder de Taha. Damien tem menos de 24 horas para fazer isto, pois segundo seu chefe ao findar este tempo o míssil explodirá, matando milhões de pessoas. Então Damien se passa por um preso que está sendo transferido com Leïto e ambos "escapam", mas nem toda a verdade foi revelada.

13° Distrito - Ultimato:
Paris, 2016. O governo continua mantendo criminosos de várias etnias e crenças num bairro cercado por muros, o B13. Contudo, um plano radical está em curso para exterminar todos em prol de um programa de reconstrução do bairro. O capitão Damien Tomaso (Cyril Raffaelli) e seu parceiro Leïto (David Belle) se envolvem numa trama de conspiração e união entre inimigos, em busca de uma solução para o problema.


IMPRESSÕES:


O prolífico diretor, roteirista e produtor francês Luc Besson (O Quinto Elemento) pode não acertar sempre a mão, contudo é inegável sua paixão pelo cinema e a sua vontade de criar no seu país uma cultura (e mercado) de filmes de ação, que passem longe (pelo menos no idioma, não na linguagem) do cinemão norte-americano. E, entre tantos filmes que passaram por suas mãos, este B13 - 13° Distrito, o qual conta com sua produção, juntamente com sua sequencia B13 - Ultimatum, comprovam a força e a visão aguçada de Besson para produzir um projeto, além de ratificar sua habilidade de criação, visto que parte do argumento das obras é de sua autoria.


Lançado originalmente em 2004 no Brasil, 13° Distrito é uma ficção-científica recheada de ação, que, apesar de apostar na correria e na edição vertiginosa, consegue envolver o espectador com uma história bastante simples, porém, apesar desta simplicidade, carregada de conceitos e alertas preocupantes com relação há um futuro próximo. As discussões não são novas, já que temas como violência, racismo, pobreza, tráfico, insurreição, segregação, dentre outros, são corriqueiros nos filmes do gênero, no entanto, neste 13° Distrito a situação é apresentada como cenário, como complemento, com o intuito de ambientalizar a obra, visto que o foco da narrativa é a relação entre um policial, um civil (muito do habilidoso, por sinal) e um chefão do crime. Mais simples impossível mas, com a adição das coreografias deslumbrantes advindas do esporte radical conhecido como Le Parkour (técnica esta praticada e executada pelos próprios protagonistas do filme, Belle e Raffaelli e que inspirou a sequencia inicial do filme Cassino Royale, do agente 007), além do carisma e do estilo peculiar de filmagem dos cineastas franceses, o filme de Pierre Morel (apadrinhado de Besson e diretor dos também bem-sucedidos Carga Explosiva 1 e 2, estrelados pelo britânico Jason Statham - sendo que este último foi co-dirigido por Louis Letterrier, diretor de O Incrível Hulk) mostra-se bastante agradável, bem construído, divertido e extremamente compacto (o que é um elogio para um filme que, teoricamente, não apresenta - em relação à conteúdo - nada de novo). Muito bacana.

Cinco ano depois eis que é lançada a continua do sucesso de 2004. 13° Distrito Ultimato começa alguns anos após os eventos narrados no primeiro filme. Apesar das promessa do governo francês, a situação dos "guetos" não mudou muito e, dessa vez, uma conspiração política envolve os protagonistas da aventura anterior.

Com uma narrativa semlhante ao filme anterior, Ultimato diferencia-se deste pelo fato de, ao contrário de dar ênfase ao caráter social, retratar com mais destaque a situação política (e os políticos) do país numa época tão devastada como a retratada no universo do filme. Contudo, o que a primeira vista poderia ser analisado como o que faltava o primeiro longa da série, mostra-se como uma pedra no caminho da dinâmica narrativa tão bem apresentada em 13° Distrito. Não que essa sequencia seja ruim ou chata, longe disso. Apesar da duração um tanto quanto maior, Ultimato é um filme bastante divertido, com cenas de ação elaboradas (mas não tão criativas e frescas como no original) e um roteiro, apesar de não beirar a perfeição, bem-costurado. O problema é que, com o acréscimo do viés mais politizado, parte da aura de anarquia, de liberdade (ou libertinagem?) e caos apresentado no primeiro filme se perde, já que estes tão lugar a tensão, ao medo, ao terror. Seria isso um reflexo dos atentatos terroristas ocorridos nos últimos anos na Europa? A sequência foi assindada por Patrick Alessandrin.

Concluindo, ambos são ótimos exemplares de que existem opções de filmes de gênero, que não sejam dramas de guerra ou romances épicos, no velho mundo. Sendo assim, e com a ajuda do veterano Luc Besson, a França aposta cada vez mais em produtos de ação para agradar ao grande público, sem abrir mão das características peculiares ao cinema do país. E, com isso, traz aos fãs de um bom filme de ação (e ficção-científica) mais algumas opções de entretenimento. Dois bons filmes, duas boas opções para se divertir e, quem sabe, refletir, nem que seja por alguns minutos, sobre o caminho que estamos percorrendo com relação ao progresso tecno-científico, mas também a regressão de valores ético e morais. Fica registrado a dica.

NOTA(s): 8,5 / 8.

Elenco: Cyril Raffaelli, David Belle, Tony D'Amario, Bibi Naceri e Dany Verissimo.
Cyril Raffaelli, David Belle, Philippe Torreton, Daniel Duval e Elodie Yung.

Fichas Técnicas:

Título original
:Banlieue 13
Gênero
:Ação
Duração
:85 min
Ano de lançamento
:2004
Site oficial
:http://www.districtb13.com/
Estúdio
:Canal+ / Europa Corp. / TF1 Film Productions
Distribuidora
:California Filmes
Direção
: Pierre Morel
Roteiro
:Luc Besson e Bibi Naceri
Produção
:Luc Besson
Música
:Bastide Donny, Da Octopuss e Damien Roques
Fotografia
:Manuel Teran
Direção de arte
:Vraciu Eduard Daniel
Figurino
:Martine Rapin e Alexandre Rossi
Edição
:Stéphanie Gaurier e Frédéric Thoraval
Efeitos especiais
:Bigbang SFX

...

Título original:Banlieue 13 - Ultimatum
Gênero
:Ação
Duração
:101 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.b13ultimatum-lefilm.com/
Estúdio
:TF1 Films Production / CiBy 2000 / Europa Corp. / Canal+ / CinéCinémas / Sofica Europacorp
Distribuidora
:California Filmes
Direção
: Patrick Alessandrin
Roteiro
:Luc Besson
Produção
:Luc Besson
Fotografia
:Jean-François Hensgens


Trailers:
13° Distrito


13° Distrito Ultimato

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DVD: Ironias do Amor (My Sassy Girl / 2008, EUA)


SINOPSE:

Charlie é um cara muito pé no chão e Jordan é seu total oposto, uma mulher linda mas totalmente maluca. O amor é a primeira vista. Mas imagine um relacionamento que começa da forma mais bizarra possível e que passa pelas maiores catástrofes possíveis. Assim é o relacionamento dos dois, algo aparentemente sem o menor sentido e que tem tudo para dar errado naquele momento da vida deles. A grande ironia é que a única chance que lhes restam é dar o famoso tempo ao tempo.

IMPRESSÕES:

Às vezes o acaso ou destino contribuem de maneira tão efetiva, que chega a ser surpreendente imaginar como seria a trajetória de alguém sem que determinada ação ou evento acontecesse. Não que, o ocorrido em relação ao filme Ironias do Amor seja algo que modificou minha vida, longe disso. Contudo, devido à algumas circustâncias que precederam a visualização do longa, achei interessante abrir o texto com esta pequena reflexão, que com certeza é um dos fatores que fazem da vida, em particular a humana, tão interessante e, por que não, misteriosa.

Quanto ao filme, tenho que confessor que fui pego de surpresa. Já o tinha visto antes, porém, apesar de conhecer (pouco) o trabalho da dupla de atores principal, formada pela belíssima Elisha Cuthbert (a eterna Kim Bauer, do seriado 24 Horas) e por Jesse Bradford (A Conquista da Honra), isso não me atraiu para que assisti-se a ele. Como não tinha lido nada sobre ele, não soube de notícia alguma veiculada na mídia (impressa, digital etc) e, como também não havia sido lanaçado nos cinemas (circunstância essa menor com relação as anteriores), logo pensei: lá vem mais um romancezinho indepentente, com astros emergentes, porém orçamento limitadíssimo e produção pobre. No entanto, um tempo (curto) depois, folheando as páginas da aplaudida e ao mesmo tempo criticada revista semanal Veja, me depardo com uma resenha sobre Ironias do Amor lá no finalzinho da revista. Após lido a mesma e apesar do texto ser bastante curto, uma certa curiosidade com relação ao filme pairou no ar e, a partir daquele momento, começaria a trilhar um caminho com fins a quebra de um paradigma que eu mesmo havia criado.





Pois bem, filme procurado, filme achado, filme visto. E agora: bomba ou surpresa? Com certeza a segunda opção. Simplesmente surpreendente. Desde a "bilogia" Antes do Amanhecer / Antes do Pôr-do-Sol, e alguns filmes que marcaram durante a transição infância / adolescência, que não me simpatizava e me envolvia tanto com um romance, com pitadas de comédia, como com este Ironias do Amor. Não que este seja perfeito ou extremanente inovador. Longe disso. O charme e a qualidade do longa estão na simplicidade da história, porém contada de maneira singular, explorando cada um dos personagens principais a partir de suas diferenças, apostando na história e no desenvolvimento de uma cumplicidade entre ambos, de certa forma preparando-os para a descoberta do amor. O filme é, ao mesmo tempo, simples e bonito, mostrando o que deve-se mostrar, contando o que deve-se contar e refletindo o que deve ser refletido. Ele não é intelectualizóide (apesar de, em determinados momentos, lembrar muito as comédias românticas européias, em especial às oriundas da Itália e, com menos ênfase, da França), não detém uma gama de conteúdos subliminares. É simplesmente a história (muito bem contada) de um homem e uma mulher que se conhecem ao acaso (eis a relação com o meu texto introdutório) e passam a nutrir sentimentos um pelo outro. Simples como dar um passo após o outro, contudo complexo como analisar esta ação. Por fim, uma grata surpresa que, após algum tempo no limbro, me motivou a buscar inspiração e voltar a escrever meus projetos de contos e romances. É o cinema (mesmo que assistido em casa) mais uma vez ajudando a guiar meu caminho... Ironias do Amor é RECOMENDADÍSSIMO.

NOTA: 8,5.

P.S.: Tomara que não soe muito gay, mas o filme é lindo!

Elenco: Elisha Cuthbert, Jesse Bradford, Austin Bassis e Chris Sarandon. Ficha Técnica:
Título original:
My Sassy Girl
Gênero:
Romance
Duração:
95 min
Ano de lançamento:
2008
Site oficial:
http://www.imagemfilmes.com.br/imagemfilmes/principal/filme.aspx?filme=103095
Estúdio:
Distribuidora:
Focus Filmes
Direção:
Yann Samuell
Roteiro:
Ho-sik Him, Jae-young Kwak e Victor Levin


Trailer:

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DVD: Intrigas de Estado (State of Play / 2009, EUA)

SINOPSE:

Stephen Collins (Ben Affleck) é um ambicioso congressista americano, visto por seu partido como sendo um candidato em potencial para o futuro. Quando sua assistente morre de forma trágica, Cal McAffrey (Russell Crowe), um veterano repórter, é designado para cobrir a história. Juntamente com sua parceira Della Frye (Rachel McAdams) ele passa a investigar o caso, descobrindo uma grande conspiração política.

IMPRESSÕES:

Sem ter muito a ver, mas tendo, desde Leões e Cordeiros, de Robert Redford, eu não assistia a um thiller de cunho político tão bom quanto este Intrigas de Estado. Já considerado por diversos críticos ao redor do globo como um dos grandes filmes sobre jornalismo, ao lado de clássicos como Todos os Homens do Presidente (coincidentemente encabeçado por Redford) e Boa Noite, Boa Sorte (filmaço dirigido por George Clooney), esta pequena obra-prima, dirigida pelo veterano dos documentários e diretor do também bem cotado O Último Rei da Escócia, Kevin Macdonald, apresenta-nos o mundo das tramóias e acertos do congresso em Washington, sob o olhar de um tradicional jornal e, mais diretamente de um veterano jornalista e de uma blogueira, ou seja, apresentando-nos aspectos contemporâneos das redações de jornais espalhados mundo afora.

O cerne de Intrigas de Estado é a suposta ligação de um senador (vivido com competência - pra horror dos críticos de plantão - por Ben Affleck, Demolidor) com o assassinato de sua secretária, com quem supostamente teve um caso e, o acompanhamento da investigação pelo jornalista vivido por Russel Crowe (Um Bom Ano) que, por coincidência do destino, é seu amigo desde os tempos de faculdade. Dessa relação, um arco cheio de "intrigas" é iniciado, com direito a denúncias de corrupção, grandes corporações metidas em negócios nada ortodoxos, métodos jornalístico nada éticos (será?), além de perseguições e um clima de tensão / suspense visceral.

Por fim, contar mais estragria todo o clima. O filme deve ser degustado, apreciado e discutido. Macdonald apresenta um filme padrão, porém com uma estrutura crua e documental, apoiado bastante na realidade das locações, no trabalho com o elenco de primeira e na condução do clima de espectativa durante toda a projeção, transformando o clássico jogo de "gato e rato" numa aula cinematográfica. Da casca ao conteúdo, Intrigas de Estado é cinema da melhor qualidade. Pra mim, já é um dos melhoe filmes do ano.

NOTA: 9,5.

Elenco: Russel Crowe, Ben Affleck, Rachel McAdams, Hellen Mirren, Robin Wright, Jeff Daniels e Jason Bateman.

Ficha Técnica:
Título original
:State of Play
Gênero
:Drama
Duração
:127 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.stateofplaymovie.net/
Estúdio
:Universal Pictures / Studio Canal / Working Title Films / Andell Entertainment / Relativity Media / Bevan-Fellner
Distribuidora
:Universal Studios / Paramount Pictures / UIP
Direção
: Kevin Macdonald
Roteiro
:Tony Gilroy, Billy Ray e Matthew Michael Carnahan, baseado em série de TV criada por Paul Abbott
Produção
:Tim Bevan, Eric Fellner e Andrew Hauptman
Música
:Alex Heffes
Fotografia
:Rodrigo Prieto
Direção de arte
:Richard L. Johnson e Adam Stockhausen
Figurino
:Jacqueline West
Edição
:Justine Wright
Efeitos especiais
:Rhythm and Hues

Trailer:

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CINEMA: Arraste-me para o Inferno (Drag Me to Hell / 2009, EUA)


SINOPSE:

Los Angeles. Christine Brown (Alison Lohman) trabalha como analista de crédito e vive com seu namorado, o professor Clay Dalton (Justin Long). Um dia, para impressionar seu chefe, ela recusa o pedido de uma senhora (Lorna Raver) para conseguir um acréscimo em seu empréstimo, de forma que possa pagar sua casa. Como vingança ela joga uma maldição sobrenatural na vida de Christine.

IMPRESSÕES:


Visceral. Apenas essa palavra resume o mais recente trabalho de Sam Raimi, responsável pela trilogia Homem-Aranha que, com este Arraste-me para o Inferno, dá um tempo nas aventuras do "cabeça-de-teia" e resgata um pouco da liberdade criativa e do orçamento relativamente limitado do começo de carreira, para contar uma história repleta de sustos e situações cômicas na medida certa.

Apesar de (ainda) não ter tido a oportunidade de assistir a trilogia Evil Dead (tidos como os grandes clássicos de Raimi), acompanho sua carreira desde a aventura de "super-herói" Darkman, passando pelo thriller psicológico Um Plano Simples, pelo romance Por Amor (estrelado por Kevin Costner e Kelly Preston) e pelo suspense sobrenatural O Dom da Premonição, além, é claro, da trilogia do Aranha. E, apesar do tropeço de Homem-Aranha 3 (criativo, não financeiro, visto que este arrecadou horrores nas bilheterias), Raimi comprovou com este Arraste-me para o Inferno que ainda possui qualidades suficientes (de criatividade à noção cinematográfica) para continuar relevante no mundo hollywoodiano.


Quanto ao filme em si, destaco a fusão sublime de sustos com momentos altamente exagerados (e gráficos) de degradação e exposição / exploração de corpos, beirando ao ridículo, mas contribuindo e muito para a essência climática do longa, além de funcionar como um termômetro que regula a empatia do público. Além disso, a mixagem e a trilha sonora funcionam a contento, antecipando e, muitas vezes, assustando o espectador de maneira efetiva, sem nunca deixar o visual em segundo plano. Falando em visual, a estética apresentada por Raimi é fenomenal. Da maquiagem e figurino da velha cigana, aos cenários e imposições de iluminação, que provocam agonia no espectador, mesmo nas cenas filmadas à luz do dia. Portando, tecnicamente o longa é competentíssimo, apesar de primar pela conceitualização "tosca" propositadamente.













O elenco também beira a perfeição, começando pela escalação da angelical e talentosa Alison Lohman (Delírios), que substituiu a nova queridinha do cinema, Ellen Page (Juno), no papel da amaldiçoada em questão, que oscila com naturalidade momentos de terror e espanto, com ternura e inocência. Justin Long (Ela Não Está Tão Afim de Você), mais conhecido por seus papeis cômicos, não compromete e entrega uma interpretação contida que, apesar de não chamar a atenção, concentra-se em ajudar a narrativa e não em roubar a cena. David Paymer (Cinturão Vermelho) repete o mesmo papel de sempre (com competência) e Lorna Raver está simplesmente fenomenal como a cigana que joga uma maldição na personagem de Lohman.

Bem escrito. Bem executado. Dotado de efeitos altamente funcionais. Clima largado, porém eficaz. Boas atuações. Ou seja, um ótimo exemplar do gênero (que o próprio Raimi ajudou a difundir), um excelente entretenimento e que, apesar de todos os aparatos e soluções criados com o intuito de simplesmente divertir, apresenta algumas discussões por"trás dos panos", como ética humana e estigmas socio-culturais. Ficou pesado? Não liga não, pois o que importa mesmo é entrar no clima e se entregar a risadas e sustos, como só um bom filme poderia proporcionar.

NOTA: 9.

Elenco: Alison Lohman, Justin Long, David Paymer e Lorna Raver.

Ficha Técnica:

Título original:Drag Me to Hell
Gênero
:Terror
Duração
:99 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.dragmetohell.net/
Estúdio
:Mandate Pictures / Ghost House Pictures / Buckaroo Entertainment
Distribuidora
:Universal Pictures
Direção
:Sam Raimi

Roteiro
:Sam Raimi e Ivan Raimi
Produção
:Grant Curtis, Sam Raimi e Robert G. Tapert
Música
:Christopher Young
Fotografia
:Peter Deming
Direção de arte
:James F. Truesdale
Figurino
:Isis Mussenden
Edição
:Bob Murawski
Efeitos especiais
:Tippett Studio / ReThink VFX / Michael Kaelin & Associates / i.e. Effects


Trailer:

DVD: Férias Frustradas de Verão (Adventureland / 2009 , EUA)

SINOPSE:

James Brennan (Jesse Eisenberg, de A Caçada) acaba de se formar na faculdade e está se preparando para tomar cerveja alemã, visitar famosos museus ou flertar com charmosas francesinhas nas suas tão sonhadas férias pela Europa. Mas, seus pais lhe reservam uma desagradável surpresa e, ao invés de arrumar as malas, ele terá que arrumar um emprego, e rápido! E assim, entre tantas tentativas em descolar um trabalho, ele se prepara para passar as férias de verão dando duro num parque de diversão, ao lado de crianças barulhentas e pais não menos briguentos. Mas, como a vida traz muitas surpresas, sua bela colega de trabalho começa a lhe dar bola e ele percebe que nem tudo está perdido.

IMPRESSÕES:

Ao contrário do bem-sucedido longa anterior do roteirista e diretor Greg Mottola, Superbad - É hoje!, em que a ênfase encontrava-se nas desventuras sexuais de adolescentes (nerds, por sinal), regadas de muitos palavrões e seqüências picantes, Férias Frustradas de Verão (Adventureland) traz consigo um tom mais inocente, ao retratar uma história de amor e amizade nostálgica e que, apesar de obter ótimos resultados no aspceto cômico (é uma comédia, ora bolas), aposta bastante nos momentos dramáticos, principalmente no que se refere à construção dos personagens e na elaboração dos diálogos, muitos destes repletos de referências.


Baseado em fatos ocorridos na adolescência de Motolla, Férias Frustradas de Verão é uma ótima surpresa e a comprovação do talento do roteirista e diretor que aqui, mesmo sem o apadrinhamento do produtor Judd Apatow (Ressaca de Amor), faz um trabalho bastante pessoal (como não poderia deixar de ser), honesto, comovente e, acima de tudo, sincero. É válido destacar a seleção de músicas da trilha sonora e o figurino e retratação de época do filme, que de maneira discreta, porém eficiente, ajudam o espectador a ser transportado aos coloridos e felizes anos 80. O casting também está muito bem encaixado, valendo destacar a performance de Ryan Reynolds (X-Men Origens: Wolverine), que entrega uma atuação um tanto quanto diferente de outros papéis interpretados durante sua carreira, transformando assim um personagem que tinha tudo para ser desagradável ao espectador, num ser humano complexo e passível de compreensão.

Por fim, um belo trabalho que infelizmente passou longe dos cinemas brasileiros e teve lançamento direto para Blu-Ray/DVD. Contudo isso não é desculpa para não vê-lo. Férias Frustradas de Verão, apesar de possuir um título traduzido de maneira duvidosa, tem que ser descoberto e já. Recomendadíssimo!

NOTA: 8.

Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Martin Starr, Bill Hader, Kristen Wiig e Ryan Reynolds.

Ficha Técnica:

Título original: Adventureland
Gênero: Comédia
Duração: 107 minutos
Ano de lançamento: 2009
Site oficial: http://www.adventurelandthefilm.com/
Estúdio: Miramax Films / Sidney Kimmel Entertainment / This Is That Productions
Distribuidora: Buena Vista International
Direção: Greg Mottola
Roteiro: Greg Mottola
Produção: Anne Carey, Ted Hope, Sidney Kimmel

Trailer: