quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DVD: Amor à Segunda Vista (Two Weeks Notice, 2002 / EUA)


SINOPSE:

Lucy Kelson (Sandra Bullock) é a chefe do conselho da Wade Corporation, uma das principais empresas de Nova York, cujo dono é o multimilionário George Wade (Hugh Grant). Lucy é uma advogada brilhante, que tem problemas de úlcera e dorme muito pouco graças a Wade, que nada consegue fazer sem sua ajuda. Cansada de ser considerada mais uma babá do que uma advogada, Lucy decide pedir demissão de seu emprego. Porém Wade lhe avisa que apenas aceitará sua demissão caso ela encontre alguém que possa substituí-la à altura. É quando ela encontra a jovem e ambiciosa advogada June Carter (Alicia Witt), a quem passa a treinar para substituí-la no trabalho.

IMPRESSÕES:

Esta comédia romântica estrelada por Hugh Grant (Letra e Música) e Sandra Bullock (A Proposta) segue a cartilha básica dos romances, apresentando duas pessoas com características completamente distintas, que aos trancos e barrancos acabam se apaixonando, principalmente quando aprendem a respeitar e até mesmo a admirar as características ímpares um do outro. Contudo, apesar da premissa que envolve um ricaço do ramo imobiliário (Grant) e uma ativista, dedicada e proativa advogada (Bullock) a se apaixonarem ser um tanto quanto batida, o diretor Marc Lawrence (Letra e Música) trabalha o filme de maneira simpática, dando o devido espaço para que a química existente entre a dupla protagonista aflore e beire o impecável. Tanto Grant quanto Bullock estão extremamente a vontade com seus personagens e, dessa forma, deixam o filme rolar sem mais percalços, ajudando a contar, mais uma vez, aquela velha história de amor clássico, mas com charme e simplicidade, fazendo com que este não seja apenas mais um entre tantos filmes, mas sim uma boa lembrança para se guardar, nem que seja como uma terceira opção se tiver que exolher um filme para reassistir. Por fim, um entretenimento que não ofende mentes, nem impressiona. Simplesmente um filme OK. Comparando com tantas pragas que são constantemente lançadas, até que este longa de 2002 não faz feio. Uma boa pedida pra assistir num final de semana, entre aquele lançamento de ação e aquele clássico, e antes do filme de terror.

EXTRAS:

O material bonus do filme contém um documentário com pouco mais de 10 minutos de duração, além de cenas cortadas e erros de gravação. Tambén está disponível o trailer do filme e uma faixa de comentário em áudio (infelizmente, sem legendas em português).

NOTA: 6,5.

Elenco: Hugh Grant, Sandra Bullock, Alicia Witt, David Haig, Dana Ivey, Robert Klein e Donald Trump.

Ficha Técnica:
Título original
:Two Weeks Notice
Gênero
:Comédia Romântica
Duração
:100 min
Ano de lançamento
:2002
Estúdio
:Castle Rock Entertainment / Village Roadshow Productions / NPV Entertainment / Fortis Films
Distribuidora
:Warner Bros.
Direção
: Marc Lawrence
Roteiro
:Marc Lawrence
Produção
:Sandra Bullock
Música
:John Powell
Fotografia
:László Kovács
Direção de arte
:Ray Kluga
Figurino
:Gary Jones
Edição
:Susan E. Morse


Trailer:

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CINEMA: Lua Nova (New Moon, 2009 / EUA)


SINOPSE:

Um incidente na festa de aniversário de Isabella "Bella" Swan (Kristen Stewart) faz com que Edward Cullen (Robert Pattinson) vá embora. Arrasada, Bella encontra consolo ao lado de Jacob Black (Taylor Lautner). Aos poucos ela é atraída para o mundo dos lobisomens, ancestrais inimigos dos vampiros, e passa a ter sua lealdade testada. Quando descobre que a vida de Edward está em perigo, Bella corre contra o tempo para ajudá-lo no combate aos Volturi, um dos mais poderosos clãs de vampiros existentes.

IMPRESSÕES:

Orçamento dobrado. Maior promoção. Expectativa dos fãs a mil. Troca de comando (saiu a diretora Catherine Hardwick, entrou Chris Weitz). Mas, o questionamento é: com todo esse upgrade, a sequencia de Crepúsculo realmente mudou para melhor? Infelizmente a resposta é não. Apesar das sutis mudanças em alguns direcionamentos mal (beirando ao horrível) empregados no longa anterior, Lua Nova acaba errando em outros pontos, o que faz com que o filme não evolua a contento, sendo assim, de certa forma, um tremendo desperdício as novas novas atitudes tomadas pelos responsáveis pela produção do longa, artisticamente falando, já que Lua Nova já se tornou, a exemplo do capítulo anterior, uma febre de arrecadação. Resumindo: Lua Nova é tão bobo quanto Crepúsculo, apesar das "sutis" mudanças, como a exposição de torax malhados por parte dos indígenas, dentre outros detalhes.

Quanto ao elenco, não houveram muitas novidades (tanto na escalação, quanto no desempenho dos já estabelecidos na trama). Kristin Stewart continua apática e expressivamente perdida (além de continuar a se repetir em suas caracterizações). Robert Pattinson tenta maneirar nos trejeitos emocionais que desenvolveu para o personagem Edward no longa anterior, mas ainda está distante de entregar uma atuação que realmente conquiste o espectador, visto que soa risível a maioria das cenas emotivas desenvolvidas pelo jovem ator. Quanto aos debutantes da saga, devo destacar as presenças iluestres (ou não) de Michael Sheen (Anjos da Noite - A Rebelião), que contenta-se em interpretar um vampiro cliché, com tiques e maneirismos no estilo do Lestat interpretado por Tom Cruise no clássico Entrevista com o Vampiro e de Dakota Fanning (Guerra dos Mundos), que, em resumo, aperece não mais que 3 minutos em toda a projeção.


Quanto à parte técnica, realmente o orçamento mais avantajado fez diferença, já que houve um ganho no que tange os efeitos-visuais (principalmente as criaturas feitas em CGI), mesmo que não convençam por completo, devido a algumas truncagens amadoras (me refiro a transformação dos índios em lobisomens). A cenografia continua amadora, não aproveitando o potencial fotográfico do filme, tendo este quase nenhuma cena panorâmica, optando por closes e mais closes, parecendo até que fora gravado em estúdio. Em resumo, para onde foi todo o investimento? Talvez para as locações na Itália. Contudo, as (poucas) cenas mostradas lá são subaproveitadas pelo roteiro (mais uma vez) raso e superficial, a cargo novamente de Melisa Rosenberg.

Como já dito mais acima, infelizmente Lua Nova é uma decepção. Apesar da troca de comando, Chris Weitz (de A Bússola Dourada) mostrou-se tão incompetente quanto Hardwick, no que tange a dirigir uma produção que, apesar de ter como foco central o romance, também passeia pela aventura e pela ação, aspectos esses um pouco melhor realizados neste em comparação à Crepúsculo, mas que ainda beira ao amadorismo na elaboração de tais cenas.

Contudo, Eclipse já está confirmado para estrear em meados de 2010 e, como a esperença deve ser a última a morrer, esperemos que o altamente valorizado diretor David Slade (de MeninaMá.Com e 30 Dias de Noite) consiga a proeza de elevar a saga a um patamar no mínimo respeitável, visto que os outros responsáveis não conseguiram até agora e, apesar do enorme sucesso destes longas, decerto eles estarão fadados ao esquecimento nos próximos anos, visto que não existe substância suficiente que os façam marcar os milhares de espectadores que os veneram no momento. Nos anos que separam a adolescência da idade adulta, todos esquecerão as má construídas baboseiras apresentadas... pelo menos até agora.

Obs.: Apesar de tudo, a ida ao cinema valeu a pena. Vi o novo trailer de Avatar, que estréia dia 18 de dezembro. Este sim, aparentemente, parece ser um filme atraente. Veremos...

NOTA: 6.

Elenco: Kristin Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Billy Burke, Michael Sheen e Dakota Fanning.

Ficha Técnica:
Título original
:The Twilight Saga: New Moon
Gênero
:Romance
Duração
:130 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.crepusculofilme.com.br/
Estúdio
:Summitt Entertainment
Distribuidora
:Summit Entertainment / Paris Filmes
Direção
: Chris Weitz
Roteiro
:Melissa Rosenberg, baseado em livro de Stephenie Meyer
Produção
:Wyck Godfrey e Mark Morgan
Música
:Alexandre Desplat
Fotografia
:Javier Aguirresarobe
Direção de arte
:Catherine Ircha
Figurino
:Tish Monaghan
Edição
:Peter Lambert
Efeitos especiais
:MastersFX / Tippett Studio


Trailer:

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

DVD: Crepúsculo (Twilight, 2008 / EUA)


SINOPSE:


Isabella Swan (Kristen Stewart) e seu pai, Charlie (Billy Burke), mudaram-se recentemente. No novo colégio ela logo conhece Edward Cullen (Robert Pattinson), um jovem admirado por todas as garotas locais e que mantém uma aura de mistério em torno de si. Eles aos poucos se apaixonam, mas Edward sabe que isto põe a vida de Isabella em risco.

IMPRESSÕES:

Devo admitir que não li nenhum dos livros da super-famosa série escrita pela norte-americana Stephanie Meyer, contudo, se pelo menos metade do que foi apresentado na adaptação cinematográfica do primeiro capítulo, intitulado por aqui como Crepúsculo, realmente devo concordar com a maior parte dos críticos quanto à quase que total superficialidade da trama e dos personagens deste, apesar de tudo, fenômeno literário e cinematográfico. Sendo assim, minha análise se deterá apenas a versão para cinema de Crepúsculo.

A começar pela dupla protagonista da trama, encabeçada por Kristen Stewart (Na Natureza Selvagem), que insiste em repetir as mesmas características em todas as suas personagens (vide, além dos citados, Eu e as Mulheres e Férias Frustradas de Verão) - sempre perdidas, solitárias, góticas, problemáticas, ou seja, estereótipo da adolescente desconectada com o mundo - e Robert Pattinson (Harry Potter e o Cálice de Fogo) mostra toda a falta de talento interpretativo ao construir um personagem estático, que resume todas as emoções através de expressões de choro ou de sedutor barato de novela mexicana - suas expressões de dor e amor nunca se justificam -, de longe o pior de todos no filme.


Contudo a fragilidade de Crepúsculo passa por muitos outros pontos além da limitação de grande parte do elenco e é descaradamente óbvia. Na parte técnica do longa pouco se salva: a montagem é maçante, a cenografia idem, enquanto os efeitos visuais comprovam a pobreza orçamentária da produção, que de tão paupérrima lembra, do ponto de vista negativo, um episódio piloto-duplo de um seriado mediano norte-americano (com relação aos efeitos, muitas cenas lembram as persguições da série Smallville nas primeiras temporadas, no começo desta década).

O roteiro também desperdiça diversas passagens que poderiam mostrar-se mais interessantes. O romance da dupla Stewart e Pattinson nunca convence por que não é sedimentado na película de maneira crível, na verdade parece mais resultado de uma "paixonice" altamente passageira oriunda do período da adolescência. O filme não é uma tremenda lástima, porém não consegue se sustentar justamente nos pontos dos quais deveriam ser seu foco principal (o romance bem estruturado, o elenco principal, os aparatos técnicos bem-feitos e os efeitos visuais), contudo não detêm êxito.

Por fim, a diretora Catherine Hardwick (de Aos Treze) não demonstra competência para comandar uma produção do gênero, apesar de poder usar como justificativa o baixo orçamento e, em resumo, Crepúsculo é casca sem conteúdo, um produto totalmente alavancado pelo sucesso do original literário. Contudo, apesar dos pesares, o longa faturou bem nas bilheterias e, mesmo nunca justificando tanto barulho (nem mesmo do público-alvo do longa, as adolescentes - serão mesmo apenas elas?) assegurou não apenas uma, mas duas seqüencias. Vejamos se corrigirão alguns dos erros desta primeira produção, já que agora os dólares não serão o problema.

EXTRAS:

Na edição conferida (simples) não há nada além da sinopse oficial, ficha técnica e o trailer do filme e de outros lançamentos.

NOTA: 5,5.

Elenco: Kristin Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed, Peter Facinelli e Taylor Lautner.

Ficha Técnica:
Título original
:Twilight
Gênero
:Romance
Duração
:122 min
Ano de lançamento
:200
S
ite oficial:http://www.twilightthemovie.com/
Estúdio
:Maverick Films / Goldcrest Pictures / Temple Hill Entertainment / Summit Entertainment / Twilight Productions / Imprint Entertainment
Distribuidora
:Summit Entertainment / Paris Filmes
Direção
: Catherine Hardwicke
Roteiro
:Melissa Rosenberg, baseado em livro de Stephenie Meyer
Produção
:Wyck Godfrey, Greg Mooradian, Mark Morgan e Karen Rosenfelt
Música
:Carter Burwell
Fotografia
:Elliot Davis
Fireção de arte
:Christopher Brown e Ian Phillips
Figurino
:Wendy Chuck
Edição
:Nancy Richardson
Efeitos especiais
:Amalgamated Pixels / Lola Visual Effects / Industrial Light & Magic / Rez-Illusion / CIS Vancouver / Gentle Giant Studios


Trailer:

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DVD: De Caso com o Inimigo (The Human Contract, 2008 /EUA)


SINOPSE:

Em Los Angeles, Julian Wright (Jason Clarke) está prestes a se separar e se envolve com Michael (Paz Vega), uma bela e sedutora jovem. O problema é que, por questões profissionais, ele resolve dar uma pausa no processo de divórcio, o que acaba envolvendo outras questões que podem levar o personagem a conseqüências irreversíveis.

IMPRESSÕES:

A princípio a tradução (adaptação) do título nacional confunde o espectador. Lançado com a alcunha De Caso com o Inimigo, espera-se dele um suspense aterrador, nos moldes dos filmes que costumam passar no Super Cine, da Rede Globo. Contudo, apesar de um ou outro momento do gênero, na verdade o longa (originalmente intitulado The Human Contract, literalmente Contrato Humano) é um drama trágico sobre relacionamentos conturbados, devido à traumas do passado e um apanhado de discussões sobre moralismo x modernidade nos conceitos dos relacionamentos afetivos dos dias atuais, além é claro de criticar de forma aberta o culto as posses materias, a perda da identidade familiar etc. Portanto, passa longe do suspense psicológico ao qual é vendido, tanto pelo título, quanto pela capa do DVD.

Escrito e dirigido pela também atriz Jada Pinkett Smith (Matrix Reloaded, Matrix Revolutions), mais conhecida como esposa de Will Smith, The Human Contract (irei me referir ao filme pelo título original, pois a adaptação brasileira é simplesmente sem noção) é esforçado, mas não consegue chamar a atenção do espectador a todo momento, pecando por uma trama que exagera na busca de complexidade, com diversos diálogos com fundos psico-filosóficos, que no fundo não acrescentam nada a trama, que resulta bastante confusa, devido à falta de foco da mesma. Tentou-se criar um clima semelhante aos filmes noir (talvez daí a confusão do filme ser um thriller/suspense ou não), porém a montagem não dá ritmo suficiente ao longa, tornando-o, na maioria das cenas, enfadonho de se assistir.




The Human Contract possui boas intenções, contudo Pinkett Smith não consegue transparecer emoção o bastante para que o espectador fique interessado no prosseguimento da história. O protagonista vivido por Jason Clarke (Inimigos Públicos) é mais apático do que pede o personagem e Paz Vega (Spirit - O Filme) nada mais é do que o retrato da beleza exótica e sensual da espanha, mas não acrescenta a carga dramática necessária à sua complexa personagem (a não ser no clímax final, numa chocante cena de violência entre Clarke e ela).

Logo, a confusão total resulta num filme com boas intenções, aparentemente escrito com carinho por Pinkett Smith, no entanto executado de maneira irregular, resultando assim num trabalho um tanto quanto desinteressante no seu foco principal (os dramas dos personagens principais e as discussões ético-morais da vida moderna), chamando mais atenção para as tórridas cenas de sexo (talvez também venha daí a idéia do título nacional: sexo + trama com toques de suspense = título genérico cara de Super Cine). Não é horrívez, mas existem diversas outras boas opções para serem assistidas.

EXTRAS:

Não existe nenhum material extra relacionado a produçaõ do filme, apenas trailer do próprio (e de outros lançamentos da distribuidora brasileira) e informações básicas, como sinopse do filme e ficha técnica.

NOTA: 6.

Elenco: Jason Clarke, Paz Vega, Idris Elba, Ted Danson, Steven Brand, Joanna Cassidy, Jada Pinkett Smith.

Ficha Técnica:
Título original: The Human Contract
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Ano de lançamento: 2008
Estúdio: Overbrook Entertainment / Tycoon Entertainment / 100% Womon Production
Distribuidora: Grupo Paris Filmes
Direção: Jada Pinkett Smith
Roteiro: Jada Pinkett Smith
Produção: Will Smith, James Lasseter, Len Stovitz, David Grasso, David Dinenberg, David Koplan e Dawn Thomas
Música: Anthony Marinelli e The Graves Brothers
Fotografia: Darren Genet
Figurino: Rhona Myers

Trailer (sem legendas):

domingo, 8 de novembro de 2009

DVD: Jogada de Gênio (Flash of Genius, 2008 / EUA)


SINOPSE:

Nos anos de 1960, em Detroit (Michigan), Robert Kearns (Greg Kinnear) formou uma típica família americana na esperança de alcançar o Sonho Americano. Professor em uma universidade local, Robert casou-se com a também professora Phyllis (Lauren Graham) e, com seus 30 e poucos anos de idade, já tinha seis filhos. Engenheiro de formação e um inventor nas horas vagas, Robert criou um dispositivo que seria utilizado em todos os carros do mundo. Para a família Kearns era como se tivessem encontrado ouro. Mas o grande desafio viria quando o jovem engenheiro foi simplesmente ignorado pelas gigantes montadoras de automóveis, sem antes se apropriar daquele invento. Baseado em fatos reais, o filme descreve a história de um homem que desafiou a indústria automobilística americana, lutando por seus direitos e pelo seu reconhecimento.

IMPRESSÕES:

Jogada de Gênio nada mais é do que uma adaptação de um fato real, com foco na luta por um ideal, ou seja, repleta de tristeza mas com um final satisfatório, e por que não dizer, feliz. Contudo, apesar de não se distinguir em nada de outros filmes com a mesma temática, pratica um "feijão com arroz" bastante competente, apresentando assim a trama do inventor vivido por Greg Kinnear (Pequena Miss Sunshine), absurdamente sério (comparado ao início de sua carreira), sua ascenção, queda e nova ascenção. Lauren Graham (A Volta do Todo Poderoso) está muito bem como a esposa do personagem de Kinnear, transparecendo emoção durante todo o filme.


É válido conferir essa pequena grande história de perseverança e luta por ideais. Num mundo cada vez mais individualista e mesquinho, histórias como essa podem ajudar a refletirmos questões como solidariedade, justiça, amizade, amor, ou seja, todos os aspectos positivos que a vida pode trazer e que, infelizmente, a maioria não consegue enxergar, apenas vêem os pontos negativas do mundo. Jogada de Gênio também alerta para os perigos das grandes corporações, que é o pano de fundo do filme, como possíveis vilãs (tema recorrente, mas importante de ser discutido) de hoje e de sempre.

Finalizando, o filme não passa de um drama com viés de livro de auto-ajuda, mas é competente no que se compromete e, mesmo não sendo uma obra-prima do cinema, passa longe de ser um péssimo exemplar. Vale assistir naqueles momentos em que se procura tranquilidade e não se tem saco para assistir tiros, perseguições, piadas, beijos e correria. Um tapa na cara da incredulidade e do negativismo. Literalmente a onda que na verdade é uma marolinha, como diria o Presidente Lula...

EXTRAS:

Esta versão não possui nenhum material extra.

NOTA: 7.

Ficha Técnica:
Título original: Flash of Genius
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Ano de lançamento: 2008
Estúdio: Universal Pictures / Spyglass Entertainment / Barber/Birnbaum / Strike Entertainment
Distribuidora: Universal Pictures
Direção: Marc Abraham
Roteiro: Philip Railsback
Produção: Gary Barber, Roger Birnbaum e Michael Lieber
Música: Aaron Zigman
Fotografia: Dante Spinotti
Figurino: Luis Sequeira
Edição: Jill Saviti


Trailer:* http://www.youtube.com/watch?v=c5IBfXWncok

* Postei o link pois a incorporação dos trailers não foi permitida pelo You Tube.

DVD: Trama Interncional (The International / 2009, EUA/ALE/ING)


SINOPSE:

Louis Sallinger (Clive Owen) é um agente da Interpol que, juntamente com Eleanor Whitman (Naomi Watts), a promotora de justiça de Manhattan, busca levar à justiça um dos bancos mais poderosos do mundo. Para tanto eles investigam diversas atividades ilegais, tendo que rastrear quantias espalhadas ao redor do planeta.

IMPRESSÕES:

Pode soar cliché e parecer trecho de divugalção que aparece nas capas dos filmes, mas tenho que escrever. Trama Internacional é eletrizante! O longa dirigido pelo alemão Tom Tykwer (Perfume - A História de um Assassino) é tenso, bem-montado, internacional (começa na Alemanha, passa pelo Itália, vai aos Estados Unidos e acaba na Turquia), possui um roteiro intrigante e, até certo ponto complexo, possui uma brilhante sequencia de ação no museu Guggenheinm (toda a parte técnica do filme é fenomenal, principalmente à direção de arte) e, tudo isso investindo num tema aparentemente genérico: a conspiração.


Trama Internacional aposta num elenco conhecido - apesar de não mostrarem nada de novo -, encabeçado por Clive Owen (Duplicidade) e Naomi Watts (King Kong), corretos e com uma grande participação de Armim Mueller-Stahl (Anjos e Demônios), que transpira toda a aura do teatro em suas falas e gestos, para poder criar a empatia necessária com o público, visando envolvê-lo na trama que discute sobre justiça, impunidade, corrupção, máfia, políticas militaristas em países de terceiro mundo, jogatinas bancárias, embargos etc. Ou seja, o filme faz um apanhado da realidade globalizada, do rolo compressor capitalista, desfilando diversos temas atualíssimos numa trama repleta de tensão, mas que nunca deixa de ser um entretenimento.

Tom Tykwer comprova seu talento como contador de histórias e mostra que entretenimento com conteúdo pode ser tão (ou até mais) agradável do que pirotecnias vazias e absurdos escatológicos (de comédias pastelão mal-elaboradas à Jogos Mortais e congêneres). Trama Internacional é cinema de primeira, que só perde um pouco os trilhos durante seus momentos finais, com uma conclusão que me deixou de orelha em pé. Preguiça? Pressão? Criatividade? Terei que assistir ao filme mais uma vez para poder chegar a uma conclusão definitiva, mas isso não será problema com um produt tão bom.

EXTRAS:

Trama Internacional possui como atrativos extras um Making of que discute todos os meandros da produção em aproximadamente meia-hora. Também disponibiliza um sequencia estendida (Salinger e Whitman) do filme e três mini-documentários, um abordando a filmagem no museu Guggenheinm (e a construção/filmagem da réplica em estúdio), outro sobre a arquitetura presente no filme, destacando os diversos países onde o filme foi gravado e, por fim, mostra como foram gravadas as cenas no Autostadt, gigantesca fábrica da Wolksvagen em Berlim, que serviu como cenário para o banco do filme. Também foi disponibilizado comentários em áudio do diretor Tom Tykwer e do roteirista Eric Warren Singer (com legendas em português). Ou seja, extras satisfatórios e bem ecléticos.

NOTA: 9.

Elenco: Clive Owen, Naomi Watts, Armim Mueller-Stahl, Luca Calvani, Patrick Baladi.

Ficha Técnica:
Título original
:The International
Gênero
:Suspense
Duração
:118 min
Ano de lançamento
:2009
Estúdio
:Relativity Media / Atlas Entertainment / Rose Line Productions / X-Filme Creative Pool / Mosaic Media Group / Siebte Babelsberg Film
Distribuidora
:Columbia Pictures
Direção
:Tom Tykwer
Roteiro
:Eric Singer
Produção
:Lloyd Phillips, Charles Roven e Richard Suckle
Música
:Reinhold Heil, Johnny Klimek e Tom Tykwer
Fotografia
:Frank Griebe
Direção de arte
:Sarah Horton, Kai Koch e Luca Tranchino
Figurino
:Ngila Dickinson
Edição
:Mathilde Bonnefoy
Efeitos especiais
:Universal Production Partners


Trailer:

DVD: A Era do Gelo 3 (Ice Age 3: Dawn of the Dinosaur / 2009 ,EUA)

SINOPSE:

Manny (Ray Romano) e Ellie (Queen Latifah) estão à espera de seu primeiro filho. Sid (John Leguizamo) encontra alguns ovos de dinossauro, o que faz com que passe a ter sua própria família adotiva. Só que o roubo faz com que se meta em apuros, com a mãe tiranossauro vindo atrás de seus rebentos. Ela leva os três filhotes e ainda Sid para um mundo subterrâneo, onde os dinossauros ainda existem, o que obriga Manny, Ellie e Diego (Denis Leary) a irem em sua busca para resgatá-lo.

(Fonte: Adoro Cinema).

IMPRESSÕES:

Tudo OK com esta segunda sequencia de A Era do Gelo. Bastante ágil e divertida, o filme, mais uma vez dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha (A Era do Gelo 2) apresenta pelo menos mais um novo personagem de primeira - a Doninha dublada por Simon Pegg (Chumbo Grosso) -, que rouba o filme com sua personalidade lunática, lembrando uma versão de Rambo com Tarzan e, visualmente, mostra um avanço considerável na qualidade de imagem. Mesmo com a característica de não querer parecer fotorealista, A Era do Gelo 3 detém fundos de uma qualidade gráfica fantástica, além de pequenos detalhes, como o movimento dos pelos dos bichos, que também estão ótimos.

As principais diferença deste para os outros longas da série são duas. Primeiro, a abordagem de A Era do Gelo 3 parte mais para a aventura do que para a comédia em si. O senso de perigo e as cenas de ação se fazem bastante presente, dando assim um novo fôlego a agora trilogia. Outro ponto diferente é a já prevista aparição do esquilo Scratch que foi aparentemente inflada nesta película. O esquilo aparece, no mínimo, a cada dez minutos de projeção. E agora que arrumou uma companheira é que podemos dizer que está o dobro desse tempo no filme. Pois bem, isto resulta em mais dois pontos, um positivo, outro negativo. Positivo por que quase todas as sequencias criadas para eles são de uma criatividade irretocável e, com certeza, são os pontos altos do filme no que tange à comédia. Contudo, vem aí o segundo ponto, esta alta exposição acaba por cansar um pouco o espectador que, ao final do filme, perde um pouco o interesse pelo tão carismático personagem. Este fato é semelhante ao caso Jack Sparrow, de Piratas do Caribe, já que nas duas sequencias do sucesso de 2003 ouve uma super-exposição do personagem. Há quem gostem, mas...

Por fim, um filme agradável, que prima mais pela aventura do que pela comédia escatológica e física. Não é original, nem surpreendente, mas com o be-a-bá básico dá conta de entreter por 1 hora e meia. Acima da média, mas inferior as animações concorrentes do ano (Monstros Vs. Alienígenas, da DreamWorks e Up - Altas Aventuras, da Disney/Pixar Animation).

EXTRAS:

A edição ao qual assisti não possui nenhum atrativo extra.

NOTA: 7,5.

Elenco (vozes):
John Leguizamo, Denis Leary, Ray Romano, Queen Latifah, Simon Pegg, Sean William Scott.

Ficha Técnica:

Título original
:Ice Age: Dawn of the Dinossaurs
Gênero
:Animação computadorizada
Duração
:94 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.aeradogelo3.com.br
Estúdio
:Blue Sky Studios
Distribuidora
:20th Century Fox Film Corporation
Direção
: Carlos Saldanha
Roteiro
:Michael Berg, Peter Ackerman, Mike Reiss e Yoni Brenner, baseado em história de Jason Carter Eaton
Produção
:John C. Donkin e Lori Forte
Música
:John Powell
D
ireção de arte:Mike Knapp
E
dição:Harry Hitner


Trailers:*
Dublado - http://www.youtube.com/watch?v=2CR9qvRH0cs
Legendado - http://www.youtube.com/watch?v=CvNDjVC2bXM

*Postei os links pois a incorporação dos trailers não foi permitida pelo You Tube.

DVD: A Mulher Invisível (2009, BRA)


SINOPSE:

Pedro (Selton Mello) ainda acredita no conceito do casamento, enquanto que Carlos (Vladimir Brichta) não aceita a possibilidade de que um homem passe toda sua vida ao lado da mesma mulher. Os dois são colegas de trabalho em uma sala de controle de tráfego da prefeitura, onde podem bisbilhotar à vontade a vida das pessoas. Um dia Carlos fica preocupado com o amigo, devido ao estado depressivo dele ao ser abandonado por sua esposa, Marina (Maria Luísa Mendonça). O mesmo acontece com Vitória (Maria Manoella), vizinha de Pedro, que testemunha silenciosamente seu drama através de um buraco na parede. Até que subitamente alguém bate na porta de Pedro. Trata-se de Amanda (Luana Piovani), sua nova vizinha, que veio apenas lhe pedir açúcar. Com um jeito inocente e ao mesmo tempo sedutor, ela muda a vida de Pedro. Só que tem um problema: Amanda é invisível, sendo que apenas aqueles que a desejam muito consegue enxergá-la.

IMPRESSÕES:

Às vezes o cinema nacional nos surpreende. E às vezes a surpresa que ele trás é altamente positiva. Finalmente o Brasil produziu um entretenimento para as massas que não pareça um programa especial de televisão, um drama sobre criminalidade (nada contra, pois existem diversos bons títulos à disposição, contudo o tema já está ficando bastante saturado) ou filmes autorai, feitos com orçamentos limitadíssimo e que não serão disponibilizados ao grande público. Sendo assim, este A Mulher Invisível difere completamente desses casos citados. O filme nada mais é do que uma comédia romântica, com um pano de fundo dramático, que envolve e faz rir, conta com alguns dos melhores atores e atrizes do país e, por conta da direção segura de Cláudio Torres (Redentor), nos apresenta um produto com temática hollywoodiana (comparação positiva) com um toque brasileiro.

Estrelado pelo ótimo Selton Mello (Feliz Natal) - as cenas em que ele está "sozinho" são hilárias, Mello com certeza é um dos mais ecléticos e competentes atores do cinema nacional - e pela ainda belíssima Luana Piovani (Romeu e Julieta), A Mulher Invisível aborda com primor o drama de um homem que após ser abandonado pela esposa, passa por um período confuso que beira a loucura e começa a imaginar e idealizar uma mulher perfeita. O tema principal da obra, ao contrário da primeira impressão, nada mais é do que a solidão e suas consequencias na vida de um indivíduo. Contudo, esse contorno dramático está apenas inserido como um adendo à obra, visto que no fundo o que A Mulher Invisível quer passar é a relação imagética entre o que é real e o que não é, entre o que se pode ter e o que se projeta, entre verdade e sonho, etc.


Absurdamente divertido, sem deixar de comover, A Mulher Invisível, com certeza, é uma das melhores surpresas do gênero produzido no Brasil, junto à Romance (filme de Guel Arraes, lançado ano passado). Tanto que foi muito bem nas bilheterias, mesmo brigando com diversos blockbusters norte-americanos (o longa estreou no mês de junho, ou seja, alta temporada do cinema pipocão) e, comprova de uma vez por todas que o Brasil possui pessoas capazes de produzirem (também) cinema popular que abarquem uma diversidade de gêneros, sem deixar de apostar na brasilidade. Tanto que, no momento o filme Besouro está em cartaz nos cinemas, e este nada mais é do que o primeiro épico de ação do cinema nacional. Pois é, talvez seja disso que a indústria cinematográfica nacional precise. Variedade de temas, não de autores, visto que disso não carecemos nada, apenas que sejam mais vistos pela população em geral.

Não poderia deixar de destacar as ótimas participações dos coadjuvantes do filme, como o competente e engraçado Vladimir Brichta (ótimo timing cômico - ele também está em Romance), a doce e classuda Maria Manoella, a insuperável Fernanda Torres (Saneamento Básico - O Filme), que rouba o filme em diversos momentos - irmã do diretor Cláudio Torres -, além de Paulo Betti (chato como sempre) e Marcelo Adnet (comediante que faz rir sem sorrir no filme. Ótimo). A trilha-sonora também ajuda bastante o desenvolvimento do longa, e apostando numa escolha eclética de canções (até mesmo internacionais, fato raro no cinema brasileiro) pontua o filme, cliando o clima ideal para as imagens exibidas. Elenco inspirado, direção segura e roteiro envolvente. Ótimo exemplar para ser visto e revisto.

EXTRAS:

O DVD possui um making of bem legal, que comenta através de entrevistas com elenco e diretor como surgiram as idéias para a feitura do filme e como foram os bastidores durante a gravação. Ou seja, nada inovador e bastante didático. Um especial com algumas cenas estendidas e com tomadas alternativas é o destaque do material extra de A Mulher Invisível. Também existem os indisensáveis trailer e teaser de divulgação do filme.


NOTA:8,5.

Elenco: Selton Mello, Luana Piovani, Vladimir Brichta, Maria Manoella, Fernanda Torres, Maria Luisa Mendonça, Paulo Betti, Marcelo Adnet, Lúcio Mauro.

Ficha Técnica:
Título original
:A Mulher Invisível
Gênero
:Comédia
Duração
:105 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.amulherinvisivel.com.br
Estúdio
:Conspiração Filmes / Globo Filmes / Warner Bros.
Distribuidora
:Warner Bros.
Direção
: Cláudio Torres
Roteiro
:Cláudio Torres
Produção
:Luiz Noronha e Eliana Soárez
F
otografia:Ralph Strelow
Direção de arte
:Denis Netto e Joana Mureb
Figurino
:Marcelo Pies


Trailer:

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CINEMA: Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009 / EUA)

SINOPSE:

2ª Guerra Mundial. A França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz), o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja um meio de se vingar.

IMPRESSÕES:

Fantástico. Brilhante. Sublime. Maravilhoso. Extasiante. Filmaço. Essas e outras palavras podem definir o que é Bastardos Inglórios, o mais recente trabalho do roteirista e diretor Quentin Tarantino (Pulp Fiction - Tempo de Violência). E, como em toda obra deste norte-americano, esta está recheada de referências e de toda particularidade no seu estilo de filmar singular e único. Contudo, desta vez, como se trata de um filme de época (II Guerra Mundial), Tarantino metamorfoseou sua já consagrada fórmula e, de maneira quase que original, a adaptou a este cenário "novo" para o mais cultudado diretor da nova geração.


Estrelado por Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button) - muito bem como um militar caipira -, Bastardos Inglórios revisita um tema já bastante batido do cinema - o já citado conflito entre o nazismo e o resto do mundo - porém de forma totalmente diferente, apostando num enredo completamente aquém da história (será?) e, através da criatividade praticamente infinita que carrega, desenvolveu uma trama que junta um grupo de soldados americanos judeus (pois é), conhecidos como os Bastardos do título, que, sob a lidernança do tenente Aldo Raine (Pitt) possuem a simples missão de matar o maior número de nazistas alemães possíveis e escalpá-los (pois é). Acompanha também a história de uma garota francesa que perde a família assassinada mas consegue fugir de um astuto coronel alemão, Hans Landa (Christoph Waltz), conhecido como o Caçador de Judeus, devido à sua extrema perícia investigativa, no que concerne a "farejar" judeus e que, alguns anos após o ocorrido, o reencontra e planeja matá-lo junto a diversas peças fundamentais do Nacionalismo Alemão (como o Ministro da Propaganda, Goebbels e o próprio Fuhrer, Adolf Hitler), durante a estréia de um filme alemão produzido por Goebbels e que será exibido no cinema da jovem. O plano da moça? Incendiar o cinema com todos dentro. Doentio? Sádico? É isso e muito mais. Bastardos Inglórios se estende por mais de duas horas, detém dezenas de personagens carismáticos e, por que não dizer, profundos (na medida do possível) , mas passa voando.

Simplesmente fenomenal. O filme é tecnicamente perfeito, detém atuações inspiradas - com destaque para o ator Christoph Waltz, premidado como melhor ator no último Festival de Cannes, que cria um dos antagonistas mais incríveis da história do cinema moderno, como o coronel Hans Landa, uma direção e roteiro irretocáveis e, mesmo aparentando ser de extremo mal gosto (como disse, o filme não segue a cartilha histórica convencional), é um entretenimento de primeira, como só o mestre Tarantino poderia proporcionar. Bastardos é um filme no nível de Cães de Aluguel e Pulp Fiction - Tempo de Violência e, com certeza, um dos melhores longas da década. Revisonista e exagerdo? Com certeza. E completamente imperdível! Desde A Vida é Bela (lançado lá atrás, em 1997) não via um filme com a coragem de tratar um tema tabu, como o conflito da II Guerra, de maneira tão independente e sem amarras como neste longa. Corajoso e excelente. Cinemão!
NOTA: 10.

Elenco: Brad Pitt, Christoph Waltz, Diane Krueger, Mélanie Laurent, Eli Roth, Michael Fassbender, Daniel Brühl, Til Schweiger e Mike Myers.

Ficha Técnica:
Título original
:Inglourious Basterds
Gênero
:Guerra
Duração
:153 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.inglouriousbasterds-movie.com/
Estúdio
:The Weinstein Company / Universal Pictures / A Band Apart / Zehnte Babelsberg
Distribuidora
:The Weinstein Company / Universal Pictures / UIP
Direção
:Quentin Tarantino
Roteiro:Quentin Tarantino
Produção
:Lawrence Bender
F
otografia:Robert Richardson
Direção de arte
:Marco Bittner Rosser, Stephan O. Gessler, Sebastian T. Krawinkel, Andreas Olshausen, David Scheunemann, Steve Summersgill e Bettina von den Steinen
Figurino
:Anna B. Sheppard
Edição
:Sally Menke


Trailer:

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CINEMA: Michael Jackson's This Is It (2009, EUA)

SINOPSE:

Michael Jackson’s This Is It mostra aos fãs de Jackson e amantes da música um raro olhar do artista criando, desenvolvendo e ensaiando para os shows que seriam realizados na O2 Arena, em Londres, cujos ingressos estavam todos esgotados. Abrangendo os meses de abril a junho de 2009, e produzido com o total apoio do The Estate of Michael Jackson, o filme é o resultado da edição de mais de cem horas de cenas de bastidores, mostrando o artista enquanto ensaiava várias das músicas que seriam incluídas nas apresentações, será como se o público estivesse em assentos privilegiados e particulares, tendo a oportunidade de ver Michael Jackson de um modo jamais visto. Michael Jackson’s This Is It captura com detalhes naturais e francos o cantor, dançarino, cineasta, arquiteto, criador e o grande artista trabalhando, criando e aperfeiçoando seu espetáculo. Kenny Ortega, parceiro de criação de Michael Jackson e diretor de palco é também o diretor do filme que é produzido por Randy Phillips, Kenny Ortega e Paul Gongaware. Os produtores executivos são John Branca e John McCain.

IMPRESSÕES:

Ao final da sessão do documentário/musical de Michael Jackson, This Is It, apesar da euforia inicial, o verdadeiro sentimento que fica é o de satisfação misturada a uma dúvida angustiante. Após acompanhar tamanho espetáculo através da tela de cinema, fica engasgado como seria magnífico acompanhar aquilo que com certeza seria um dos maiores espetáculos jamais visto. Espetáculo este que, infelizmente, não mais teremos oportunidade de ver. Contudo, através desse trabalho de captação de imagens e montagem do diretor, coreógrafo e parceiro de Michael Jackson nessa empreitada, Kenny Ortega (High School Musical), poderemos obter fagulhas do que seria a deslumbrante nova turnê do rei do pop.

O trabalho de Ortega consiste num recorte de músicas dos ensaios para a não iniciada turnê, junto à depoimentos dos músicos, bailarinos e técnicos que fariam parte desta, além de trechos de bastidores, onde Ortega e Jackson discutem elementos para a produção dos shows que fariam parte da turnê. Diversos hits são executados, passando por quase todos os discos da carreira de Jackson, incluindo uma homengem ao Jackson 5, primeiro grupo ao qual o rei do pop fez parte.












Como destaque colocaria a nova versão de Thriller, com uma nova filmagem de zumbis, que, apesar de não mostrar o mesmo impacto da original, ganha pontos pelo novo prisma abordado e pela utilziação de recursos digitais - com certeza ficaria uma maravilha com efeitos 3D. Outra cançaõ que merece destaque é Earth Song, que apesar da mensagem parecer batida e piegas(o tema principal é a destruição dos recursos naturais pelo homem) também é complementado por um vídeo sensível e muito bem executado, cuminando numa interpretação inspiradíssima e emocionante de Jackson. A também clássica Smooth Criminal quase consegue superar sua primeira versão, com uma introdução onde Michael Jackson é inserido num clássico do cinema noir, estrelado por Humphrey Bogart, com um clima à lá Sin City, de Frank Miller. Deslumbrante. Por fim, todas as músicas apresentadas apresentavam detalhes novos que com certeza enchem os olhos do espectador por toda a complexidade e beleza. Um trabalho magínífico de Jackson e toda a sua equipe.













Pra finalizar, é impossível não comentar a performance de Jackson como cantor e bailarino. Apesar de todas as adversidades (físicas e mentais) passadas por ele, o rei do pop mostra-se em forma como nunca, apresentando energia, coordenação, técnica e desenvoltura. Assistindo as cenas, com certeza você não acreditaria que esse homem estaria com a saúde completamente abalada e, mais ainda, que morreria pouco tempo após o registro dessas imagens. This Is It mostra que, além de um gênio da música, o mundo perdeu a oportunidade de admirar, ao vivo, um espetáculo imagético deslumbrante. Não caberia comparar se este seria o melhor show de Michael Jackson, pois cada época traz consigo suas particularidades, contudo é certo que Jackson manteve o nível de suas produções e, como mais ninguém, abriria mais um capítulo na história do entretenimento. Se é que já não o fez... This Is It... é isso!

Lista das músicas apresentadas:

"Wanna Be Startin' Somethin'"
"Jam"
"They Don't Care About Us"
"Human Nature"
"Smooth Criminal"
"The Way You Make Me Feel"
"I Want You Back"
"I'll Be There"
"I Just Can't Stop Loving You"
"Thriller"
"Beat It"
"The Earth Song"
"Billie Jean"
"Man In The Mirror"

NOTA: 8,5. (Não é 10 por que fica a impressão de que a perfeição seria ao vivo).

Ficha Técnica:
Título original
:Michael Jackson's This Is It
Gênero
:Documentário
Duração
:102 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.thisisitofilme.com.br
Estúdio
:AEG Live / Columbia Pictures / The Michael Jackson Company / Stimulated
Distribuidora
:Sony Pictures Entertainment
Direção
: Kenny Ortega
Produção:Paul Gongaware, Randy Phillips, Chantal Feghali (coprodutor) e Michael Bearden
Música
:Michael Bearden
Fotografia
:Kevin Mazur
Direção de arte
:William Budge
Efeitos especiais:ReThink VFX / Entity FX / Makeup Effect Laboratories / Rising Sun Pictures / i.e. Effects


Trailer:

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DVD: Minhas Adoráveis Ex-Namoradas (Ghosts of Girlfriend's Past / 2009, EUA)


SINOPSE:

Connor Mead (Matthew McConaughey) é um fotógrafo de celebridades que coleciona ex-namoradas. Acreditando que a vida serve apenas para se divertir e namorar, Connor não entende como alguém pode ter um relacionamento duradouro. Quando seu irmão Paul (Breckin Meyer) se casa ele reencontra Jenny Perotti (Jennifer Garner), a única mulher pela qual realmente se envolveu. À noite ele recebe a visita do tio Wayne (Michael Douglas), um playboy dos anos 70, que lhe diz que receberá a visita dos fantasmas de três ex-namoradas. Através delas Connor percebe as falhas de seus relacionamentos anteriores.

IMPRESSÕES:

Reconheço que Mathew McConaughey (Um Amor de Tesouro) não é lá um ator dotado de performances excepcionais, talentoso ao extremo ou muito menos um cara que sabe como ninguém participar de projetos distintos entre si. Contudo, apesar das limitações artísticas óbvias, gosto muito do seu trabalho que, com aquele jeito um tanto quanto desleixado, transpira carisma e simpatia. Admito que desde Tempo de Matar, ótimo drama de tribunal baseado num best-seller de John Grisham e dirigido por Joel Schumacher e de Amistad, de Steven Spielberg, que não vejo McCounaughey numa película de tom mais sério e, por que não, que exija um pouco mais do ator do que andar por aí sem camisa, mostrando o corpo malhado e a pele bronzeada, além do jeitão de "Don Juan" genérico e surfista da Flórida.


Bem, com esse Minhas Adoráveis Ex-Namoradas McConaughey não muda uma linha de seu estilo de atuação (com excessão das madeixas agora aparadas para esse longa), interpretando o velho conquistador boa vida que, passa o filme inteiro literalmente pegando todas mas, ao final, reconhece a pequenez de suas atitudes e acaba encontrando (ou reencontrando, neste caso específico) o verdadeiro amor, que dessa vez é representado pela figura da um tanto quanto apagada Jennifer Garner (Elektra), que, desde o final da série Alias ainda não mostrou a que veio no cinema.

Como comédia de comportamento e estudo sobre o homem conquistador e que não se apega as pessoas com quem se relaciona, o longa de Mark Waters (As Crônicas de Spiderwick) até que funciona. Mas, como romance de descobrimento e redenção peca bastante, já que a única coisa que mantém um interesse mínimo na projeção do filme é simplesmente a batida e reta atuação de McConaughey, que, apesar de não mudar nunca (será?) e escolher projetos bastante semelhantes entre si, raramente erra a mão. E não seria agora que falharia. Vale pela atuação do meu chapa Matt... cara, quero ser como você quando crescer!

NOTA: 6,5.

Obs.: Logo abaixo uma lista com os nomes dos últimos oito filmes de Matthew McConaughey. Perceba a quantidade de comédias românticas e aventuras (com ênfase na comédia e/ou no romance):

Trovão Tropical (Tropic Thunder, 2008), comédia; Um Amor de Tesouro (Fool's Gold, 2008), aventura/comédia; Nós Somos Marshall* (We Are Marshall, 2006), aventura/drama; Armações do Amor* (Failure to Launch, 2006), comédia / romance; Tudo por Dinheiro (Two For Money, 2005), aventura; Sahara (2004), aventura; Como Perder um Homem em 10 Dias (How to Lose a Guy in 10 Days, 2003), comédia / romance; Reino de Fogo (Reign of Fire, 2002), aventura / açao...

* Filmes que AINDA não pude assistir.

Elenco: Matthew McConaughey, Jennifer Garner, Breckin Meyer, Emma Stone e Michael Douglas.

Ficha Técnica:
Título original
:Ghosts of Girlfriends Past
Gênero
:Comédia Romântica
Duração
:100 min
Ano de lançamento
:2009
Site oficial
:http://www.ghostsofgirlfriendspastmovie.com
Estúdio
:New Line Cinema / Panther
Distribuidora
:PlayArte
Direção
: Mark Waters
Roteiro
:on Lucas e Scott Moore
Produção
:Brad Epstein e Jonathan Shestack
Música
:Rolfe Kent
Fotografia
:Daryn Okada
Direção de arte
:Maria L. Baker
Figurino
:Denise Wingate
Edição
:Bruce Green
Efeitos especiais
:CIS Hollywood / Rhythm and Hues


Trailer: