terça-feira, 10 de julho de 2007

A Morte e Vida de Bobby Z



Não espere nenhuma novidade ao assistir a este filme. Se você procura cenas de ação (tiroteios, perseguições de motocicletas, fugas alucinantes), enredo iverossímel e final feliz, com certeza você ficará satisfeito com A Morte e Vida de Bobby Z.

Tim Kearney (Paul Walker, de Velozes e Furiosos) é um presidiário convocado pelo policial Tad Grusza (Laurence Fishburne, da trilogia Matrix) para se passar por Bobby Z, maior traficante de drogas da Califórnia, que acabara de morrer na Tailândia, com o intuito de ser trocado pelo parceiro de Grusza, que fora sequestrado por um grande traficante mexicano (vivido pelo ator português Joaquim de Almeida, da série 24 Horas), que queria o verdadeiro Bobby Z. Porém, surgem alguns contratemopos e a história toma um rumo completamente diferente.

Os primeiros trinta minutos de exibição são interessantes. Os personagens são apresentados, o trabalho de fotografia é belíssimo quando apresenta, em plano aberto, a mansão no campo do vião da história, localizada no México e o filme até aparenta ser interessante. No entanto, fica-se apenas na aparência. Cenas de ação desnecessárias e altamente iverossímeis, roteiro mais iverossímel ainda e um elenco extremamente caricato contribuem para que o filme não acrescente em nada ao gênero.

Para não dizer que o roteiro é a pior coisa do filme, ele acerta ao ressaltar a emigração de mão-de-obra estrangeira (no longa, tailandeses), que são escravizados devido serem ilegais no país e não terem como se comunicar. Pois é, denúncia social mal aproveitada, mas que não deixa de ser denúncia.

Vale ressaltar um fato que não é do filme em si. A principal produtora do filme (que é independente), a Millenium Films, vem lançando cada vez mais filmes no mercado de qualidade acima da média (apesar do baixíssimo orçamento) e vem se destacando no concorrido mercado cinematográfico, adquirindo projetos interessantes e atraindo atores de grande nível, como Al Pacino (no filme 88 Minutos), Josh Hartnett, Hilary Swank, Scarlett Johasson e Aaaron Eckhart (em A Dália Negra, filme de Brian DePalma), dentre outros. Um ótimo sinal, que mostra que ainda existe espaço para bons filmes desenvolvidos por produtoras independentes (após a explosão da Miramax Films) na indústria cinematográfica norte-americana.

Voltando ao filme, apesar de não mostrar nenhuma novidade, se não for levado à sério, A Morte e Vida de Bobby Z é um bom divertimento. Então, se você gosta de filmes de ação, com toques de aventura e comédia, este é um prato cheio. Contudo, se você prefere um filme mais elaborado, corra atrás de outros lançamentos da Millenium Films, como Xeque-Mate, 12 Horas Até o Amanhecer, além dos já citados 88 Minutos e Dália Negra.

NOTA: 6

Ficha Técnica:

Título Original:
The Death and the Life of Bobby Z

Gênero: Drama

Tempo de Duração:
96 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2006Estúdio: Millennium Films / Samdel Pictures / Nu Image Entertainment GmbH / Block Productions / Blue Collar Films / Eclectic Pictures Inc. / Equity Pictures Medienfonds GmbH & Co. KG IV
Distribuição:
Imagem Filmes
Direção:
John Herzfeld
Roteiro:
Bob Krakower, baseado em livro de Don Winslow
Produção:
Matt Luber, Heidi Jo Markel, Keith Samples, Peter Schlessel, Larry Shapiro e Paul Walker
Música: Tim Jones
Edição: Bruce Cannon e Alain Jakubowicz
Efeitos Especiais:
Worldwide FX / Spectrum Effects Inc.

Elenco: Paul Walker, Laurence Fishburne, Jason Lewis, Olivia Wilde, Jason Flemyng, Jacob Vargas e Keith Carradine.

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