O atirador de elite Bob Lee Swagger (Mark Wahlberg, de Os Infiltrados) vive isoloado nas montanhas depois de perder companheiro observador em missão do exército norte-americano, fora dos limites dos EUA. Porém, seus dias de isolamento acabam após a convocação feita pelo Cel. Johnson (Danny Glover, de Dreamgirls). O Cel. pede a Swagger que planeje um atentado contra o presidente dos EUA, pois fontes dizem que um ocorrerá em breve e, como Swagger é um dos melhores 'snipers' do exército, poderia assim prever os planos do terrorista.
Swagger analisa todos os possíveis locais do atentato (são apontados Washington, Filadélfia e Baltimore), mas supõe que o atentado acontecerá na Filadélfia. No entanto, o que ele não sabia é que foi usado como bode espiatório e, além de ter entregue um plano perfeito a terroristas, é agora caçado como principal suspeito da tentativa de assassinato ao presidente dos EUA.
Após isso o que domina na tela são cenas e mais cenas de perseguição (muito bem feitas, por sinal), enquanto Bob Lee Swagger conta com a ajuda de um novato do FBI (Michael Peña, de As Torres Gêmeas), tenta provar a sua inocência e, mesmo com a conspiração envolvendo militares de altas patentes e políticos, fazer justiça com as próprias mãos (arghhh...).
Uma moda recente, presente na maioria dos filmes de ação (nos bons, pelo menos) é a de camuflar roteiros cheios de buracos com pitadas de crítica social em seu enredo. Isso também o ocorre em "O Atirador", durante as exageradas conspirações mostradas no filme.
Dirigido por Antoine Fuqua (do premiado Dia de Treinamento e do massacrado Rei Arthur), o filme não mostra realmente a que veio. Como divertimento, passa numa boa, apesar da trama totalmente duro de matar e congêneres e do tempo de duração ser um tanto quanto longo, fato que prejudica a dinamicidade do longa (fator essencial para um bom filme de ação), que poderia ser enxugado com uns 20 minutos a menos.
Pois bem, no fim "O Atirador" não compromete. Filme típico de soldado quase perfeito e super bem treinado, que cisma em tentar resolver todos os problemas sozinho (a pouca exploração do personagem de Peña é notável) que peca pela falta de novidade e mesmice empregada por Fuqua, tanto na caracterização dos personagens (a voz rouca 'a la patolino' de Danny Glover irrita qualquer um que tenha uma boa audição), quanto nas decisões batidas e previsíveis tomadas por ele no correr da história. Do filme, salva-se o regular Wahlberg, que se sai bem como o John Rambo do novo milênio. No final, um filme divertido, porém, facilmente esquecível.
NOTA: 7,0.
Ficha Técnica:
Título Original: Shooter
Gênero: Ação
Tempo de Duração: 124 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.paramountpictures.com.br/atirador
Estúdio: Paramount Pictures / Di Bonaventura Pictures
Distribuição: Paramount Pictures / UIP
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Jonathan Lemkin, baseado em livro de Stephen Hunter
Produção: Lorenzo di Bonaventura
Música: Mark Mancina
Fotografia: Peter Menzies Jr.
Desenho de Produção: Vance Lorenzini e J. Dennis Washington
Direção de Arte: Jeremy Stanbridge
Figurino: Ha Nguyen
Edição: Conrad Buff IV e Eric A. Sears
Efeitos Especiais: Hydraulx / Hatch Production
Elenco: Mark Wahlberg, Michael Peña, Danny Glover, Kate Mara, Elias Koteas, Tate Donovan.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=5FLJPVMxCXg
2 comentários:
Téo, gostei do filme, apesar de sua resenha quase resumo, não concordo com a idéia de que o diretor se perdeu. Truncado sim, mas perdido não. Vários temas foram abordados: corrupção dos políticos; tráfico de influência; manipulação do governo americano;o efeito "Bourne"; a "saudável" separação de poderes; o "quem com ferro fere, com o ferro..." abuso sexual, entre outros. A idéia de "justiça com as próprias mãos" está no íntimo de cada um, diante da impunidade reinante. Drama a parte, o diretor proporcionou essa sobremesa: é regra nesse tipo de filme: mocinho bad boy burlando regras! È a sétima arte possibilitando sonhos e extases. Pode ser que aconteça ou ser mera coincidência. Cabe resssaltar a presença das gatas: fico com a Mitra. Gostei de te encontrar e desejo sucesso.
Orlando
É definitivamente um filme que iria ver. Não vou negar que é um filme muito bom que me fez lembrar a boa Bradley Cooper e seu filme American Sniper, realmente muito bom. Bem ocupando o cargo esta a verdade é que a história funciona muito bem para sair, além de que mantém você em todos os momentos atentos e não perder o ritmo, mas eu teria preferido um acabamento mais atraente.
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