segunda-feira, 30 de junho de 2008
As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian
Seqüencia do sucesso O Leão, O Guarda-roupa e a Feitiçeira, Príncipe Caspian traz de volta os irmãos Pevensie à Nárnia, visto que esta está novamente a mercê de forças malignas. Porém, desta vez, as crianças voltam à terra mágica séculos depois de sua última visita (a explicação dada é que o espaço-tempo dentre os dois mundos é diferente) e a encontram num verdadeiro caos. Nárnia foi completamente dominado pelos homens que, através de força e imposição (conheçemos bem isso, não?) promovem um massacre fatal nas demais raças fantásticas, ou seja, nos narnianos (pois os homens não são naturais do mundo de Nárnia). Ao mesmo tempo, o herdeiro do trono, Caspian, se vê orbigado a fugir pois fora alvo de assassinato de seu tio, que pretende colocar no trono seu filho recém-nascido, mesmo este não sendo herdeiro direto. Daí em diante Caspian encontra os antigos reis e rainha (os Pevensie) e, junto aos remanscentes narnianos, começam a formar uma aliança para reaver Nárnia e salvá-la da destruição em que está inserida.
Com um tom mais sombrio que o longa anterior, Príncipe Caspian apresenta uma grande evolução em relação ao primeiro. Os personagens estão mais a vontade, o roteiro mais direto e incisivo, as cenas de batalha mais elaboradas e, o principal, o ritmo do filme está mais contagiante e dinâmico e até mesmo os efeitos visuais melhoraram bastante desde 2005 (ano de lançamento da primeira parte).
Príncipe Caspian, de certa forma, traz consigo uma certa aura que remetem à trilogia O Senhor dos Anéis. Não em sua total complexidade, longe disso, mas no sentido e na busca da obra, em sua caracterização, visto que desde O Retorno do Rei (a terceira parte da trilogia Senhor dos Anéis) um filme de fantasia não apresentava qualidades suficientes, tanto para crítica quanto para o público, porém, de certa forma, Príncipe Caspian promove um retorno ao estilo elevado de O Senhor dos Anéis.
Por fim, o longa é bastante superior a primeira parte (e também de outros lançamentos do estilo, como Eragon e A Bússola de Ouro) por, primeiramente, conseguir desenvolver uma certa identidade e, graças a agora comprovada competência do diretor Andrew Adamson (dos dois primeiros Shreks), Príncipe Caspian se apresenta como um filme maduro e divertido, que não apresenta o mesmo erro da parte anterior, que focou alvo no público infantil e deixou os adolescente e viciados em fantasia a segundo plabo. Desta vez, com o tom soturno da obra, o longa ganhou bastante e, até mesmo sua duração foi elevada: este novo lançamento passa das duas horas de projeção. Uma boa opção para todas as idades.
NOTA: 8.
Ficha Técnica:
Título Original: The Chronicles of Narnia: Prince Caspian
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 147 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: www.disney.com.br/cinema/narnia2
Estúdio: Walt Disney Pictures / Walden Media / Ozumi Films / Silverbell Films / Stillking Films
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures / Buena Vista International
Direção: Andrew Adamson
Roteiro: Christopher Markus, Andrew Adamson e Stephen McFeely, baseado em livros de C.S. Lewis
Produção: Andrew Adamson, Mark Johnson e Philip Steuer
Música: Harry Gregson-Williams
Fotografia: Karl Walter Lindenlaub
Desenho de Produção: Roger Ford
Direção de Arte: David Allday, Matthew Gray, Klara Holubova, Jules Cook, Stuart Kearns, Jill Cormack, Elaine Kusmishko, Charles Leatherland, Phil Simms, Jirí Sternwald, Frank Walsh e Jason Knox-Johnston
Figurino: Isis Mussenden
Edição: Sim Evan-Jones
Efeitos Especiais: Weta Digital / Baseblack / Escape Studios / Moving Picture Company / Framestore CFC / Giant Studios / Rising Sun Pictures / ScanlineVFX
Elenco: William Moseley, Skandar Keynes, Anna Popplewell, Georgie Henlie, Ben Barnes, Sergio Castellito, Tilda Swinton e Liam Neeson (voz).
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Confesso que nunca fui fã da série Indiana Jones. Quando criança, era mais um dos vários espectadores da nostálgica "Sessão da Tarde", porém me encantava muito mais com Marty McFly e Doc Brown (junto ao magnífico DeLorean modificado) no clássico De Volta para o Futuro ou com os tipos brucutus, porém carismáticos de Scharzenegger, como em O Exterminador do Futuro e Predador. Tais longas me encantavam muito mais do que os estrelados pelo arqueólogo aventureiro.
No entanto, foi recentemente (já nos anos 2000) que descobri o mito Indiana Jones. Assistindo ao primeiro box em DVD do arqueólogo pude presenciar uma sensação de nostalgia e divertimento, apesar deste não ter feito parte da minha vida. Porém, antes tarde do que nunca. Não virei um fã, porém após ver os longas em ordem cronológica, começei a admirar muito a série e, principalmente, seu diretor, o eterno pipoqueiro, Steven Spielberg.
Contudo, o que importa é falar de O Reino da Caveira de Cristal. Pois bem, quase duas décadas após a 'finalização' da série, eis que Spielberg, junto à George Lucas (criador e produtor dos filmes) e Harrison Ford (eterno herói à lá 80's) se reunem novamente e colocam nos cinemas de todo o mundo mais uma aventura do ícone norte-americano para uma nova geração. Porém, como já dito, quase vinte anos se passaram. A idéia deu certo?
Com certeza. O Reino da Caveira de Cristal é um dos filmes mais divertidos da temporada. 'Atualziando' o ritmo matinê dos filmes antigos para as novas platéias, o longa tem de tudo: ação, aventura, romance e, é claro, situações cômicas. Porém, nada disso funcionaria se o elenco não estivesse à altura do projeto. Além da volta do eterno Jones, Harrison Ford, que, apesar das rugas a mais continua com o mesmo espírito forte e atuação marcante (talvez o melhor personagem de sua carreira), tem-se um belíssimo elenco de apoio. O 'novo' talento Shia LaBeouf (Transformers), a oscarizada Cate Blanchett (Elizabeth), o competentíssimo Ray Winstone (A Lenda de Beoulf) e a volta de Karen Allen, interesse romantico do herói no primeiro longa da série.
Quanto à história, é um mais do mesmo. Mais de vinte anos depois do ocorrido no terceiro episódio, dessa vez o mundo vive o regime bipolar, plena guerra fria. Dessa forma, os tradicionais vilões nazistas são substituídos pelos soviéticos, liderados pela personagem caricata, porém muito a vontade de Cate Blanchett. Ela obriga Jones a encontrar a tal Caveira de Cristal do título, que seria um objeto extremamente valioso para os objetivos da extinta União Soviética, visto que, segundo a lenda, o artefato teria poderes inimagináveis, de ordem psíquica (um tema que lembra um pouco Hellboy, de Guilhermo Del Toro).
A partir daí viagens seguem, personagens se encontram (e reecontram), traições ocorrem e, é claro, explosões, brigas e correria. Mas o que mais chama a atenção ao tema do filme é a inclusão de nuances espirituais e extraterrestres. Isso mesmo, há um clima de retorno do diretor Spielberg aos seus primeiros (e, digamos, mais brilhantes) trabalhos, tais qual E.T. e Contatos Imediatos.
Por fim, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é um filme que surpreende, pois diverte como poucos sem desrespeitar a inteligência do espectador. As mais de duas horas correm freneticamente e, após toda a projeção, fica apenas uma conclusão: a de que fazia tempo (desde King Kong, de Peter Jackson no final de 2005) que não me divertia tanto com um filme de aventura pipoca atemporal no cinema. Salve Indy!
NOTA: 9.
Ficha Técnica:
Título Original: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
Gênero: Aventura
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: www.indianajones.com
Estúdio: Paramount Pictures / Lucasfilm / Santo Domingo Film & Music Video / Amblin Entertainment
Distribuição: Paramount Pictures / UIP
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: David Koepp, baseado em estória de George Lucas e Jeff Nathanson e nos personagens criados por George Lucas e Philip Kaufman
Produção: Frank Marshall
Música: John Williams
Fotografia: Janusz Kaminski
Desenho de Produção: Guy Dyas
Direção de Arte: Luke Freeborn, Lawrence A. Hubbs, Mark W. Mansbridge, Lauren E. Polizzi e Troy Sizemore
Figurino: Bernie Pollack e Mary Zophres
Edição: Michael Kahn
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic / Gentle Giant Studios
Elenco: Harrison Ford, Shia LaBeouf, Karen Allen, Cate Blanchett, Ray Winstone, John Hurt e Jim Broadbent.
No entanto, foi recentemente (já nos anos 2000) que descobri o mito Indiana Jones. Assistindo ao primeiro box em DVD do arqueólogo pude presenciar uma sensação de nostalgia e divertimento, apesar deste não ter feito parte da minha vida. Porém, antes tarde do que nunca. Não virei um fã, porém após ver os longas em ordem cronológica, começei a admirar muito a série e, principalmente, seu diretor, o eterno pipoqueiro, Steven Spielberg.
Contudo, o que importa é falar de O Reino da Caveira de Cristal. Pois bem, quase duas décadas após a 'finalização' da série, eis que Spielberg, junto à George Lucas (criador e produtor dos filmes) e Harrison Ford (eterno herói à lá 80's) se reunem novamente e colocam nos cinemas de todo o mundo mais uma aventura do ícone norte-americano para uma nova geração. Porém, como já dito, quase vinte anos se passaram. A idéia deu certo?
Com certeza. O Reino da Caveira de Cristal é um dos filmes mais divertidos da temporada. 'Atualziando' o ritmo matinê dos filmes antigos para as novas platéias, o longa tem de tudo: ação, aventura, romance e, é claro, situações cômicas. Porém, nada disso funcionaria se o elenco não estivesse à altura do projeto. Além da volta do eterno Jones, Harrison Ford, que, apesar das rugas a mais continua com o mesmo espírito forte e atuação marcante (talvez o melhor personagem de sua carreira), tem-se um belíssimo elenco de apoio. O 'novo' talento Shia LaBeouf (Transformers), a oscarizada Cate Blanchett (Elizabeth), o competentíssimo Ray Winstone (A Lenda de Beoulf) e a volta de Karen Allen, interesse romantico do herói no primeiro longa da série.
Quanto à história, é um mais do mesmo. Mais de vinte anos depois do ocorrido no terceiro episódio, dessa vez o mundo vive o regime bipolar, plena guerra fria. Dessa forma, os tradicionais vilões nazistas são substituídos pelos soviéticos, liderados pela personagem caricata, porém muito a vontade de Cate Blanchett. Ela obriga Jones a encontrar a tal Caveira de Cristal do título, que seria um objeto extremamente valioso para os objetivos da extinta União Soviética, visto que, segundo a lenda, o artefato teria poderes inimagináveis, de ordem psíquica (um tema que lembra um pouco Hellboy, de Guilhermo Del Toro).
A partir daí viagens seguem, personagens se encontram (e reecontram), traições ocorrem e, é claro, explosões, brigas e correria. Mas o que mais chama a atenção ao tema do filme é a inclusão de nuances espirituais e extraterrestres. Isso mesmo, há um clima de retorno do diretor Spielberg aos seus primeiros (e, digamos, mais brilhantes) trabalhos, tais qual E.T. e Contatos Imediatos.
Por fim, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é um filme que surpreende, pois diverte como poucos sem desrespeitar a inteligência do espectador. As mais de duas horas correm freneticamente e, após toda a projeção, fica apenas uma conclusão: a de que fazia tempo (desde King Kong, de Peter Jackson no final de 2005) que não me divertia tanto com um filme de aventura pipoca atemporal no cinema. Salve Indy!
NOTA: 9.
Ficha Técnica:
Título Original: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
Gênero: Aventura
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: www.indianajones.com
Estúdio: Paramount Pictures / Lucasfilm / Santo Domingo Film & Music Video / Amblin Entertainment
Distribuição: Paramount Pictures / UIP
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: David Koepp, baseado em estória de George Lucas e Jeff Nathanson e nos personagens criados por George Lucas e Philip Kaufman
Produção: Frank Marshall
Música: John Williams
Fotografia: Janusz Kaminski
Desenho de Produção: Guy Dyas
Direção de Arte: Luke Freeborn, Lawrence A. Hubbs, Mark W. Mansbridge, Lauren E. Polizzi e Troy Sizemore
Figurino: Bernie Pollack e Mary Zophres
Edição: Michael Kahn
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic / Gentle Giant Studios
Elenco: Harrison Ford, Shia LaBeouf, Karen Allen, Cate Blanchett, Ray Winstone, John Hurt e Jim Broadbent.
domingo, 1 de junho de 2008
Speed Racer
Eis que, após a conclusão da saga Matrix, em 2003, os roteiristas e diretores da revolucionária e cultuada obra de ficção científica, Andy e Larry Wachowski, voltam a filmar (em 2006 produziram e escreveram V de Vingança). E, o projeto no qual se envolveram é tão destacável quanto sua obra anterior: a adaptação do clássico animé japonês Speed Racer.
Totalmente filmado em green-screen (ou seja, no fundo verde, sem cenários), o longa conta com Emile Hirsch (revelado em Um Show de Vizinha e reconhecido como "ator" em filmes como Alpha Dog e, principalmente, Na Natureza Selvagem), que vive Speed, um jovem piloto de corridas que, ao lado da família (composta pelos veteranos John Goodman e Susan Sarandon, como seus pais, o irmão mais novo e o "macaco" da família), que detém uma equipe de automobilismo, deseja ser campeão e, também, honrar o irmão desaparecido anos atrás devido a alguns "impasses de percusso" (políticas nada convencionais dos concorrentes).
O enredo é bastante simples e, devido a isto, acaba não ajudando muito ao filme. O que mais marca nele são a enchurrada de efeitos visuais ( a cargo da mesma equipe que criou os efeitos revolucionários da trilogia Matrix) que, no entanto, não acrescentam muito à já tão saturada safra de filmes que detém efeitos similares. Os técnicos tentam apresentar novidades, porém o que mais se nota de "diferente" é a utilização de cores chamativas e fortes (que, de certa forma, são características dos animés e mangás) e o deslocamento dos ângulos de câmera. No entanto, isso não basta para elevar o filme há um ótimo exemplar do gênero.
Speed Racer é, de certa forma, cansativo. O longa é bastante longo (perdoe a redundância) para o pouco conteúdo, os momentos de alívio cômico (que não são poucos) são exagerados e até mesmo pastelões demais e, as seqüencias de corrida não apresentam nada de novo e, conseqüentemente, não empolgam (até chegam a cansar um pouco).
O filme não é péssimo, longe disso. Porém, numa comparação com seus rivais (Homem de Ferro, que estrou uma semana antes e o novo Indiana Jones, que estreou uma semana depois) Speed Racer corre bem atrás (que contradição). O longa não sabe a quem deve agradar: as crianças, os adolescentes, os pais? Não fica claro durante toda a exibição. Tanto que o filme foi fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, tendo melhor retorno em outros países, como no Brasil, contudo não sendo o suficiente para deixar os produtores mais aliviados.
Por fim, o filme, ainda assim, é uma boa pedida. Inferior há vários do gênero? Com certeza. No entanto, as boas atuações (se bem que um tanto caricatas) ajudam a criar empatia para com o filme que despenca por não saber há quem agradar. No mínimo, uma boa pedida para o fim de semana com a família quando estiver disponível em DVD.
NOTA: 7.
Ficha Técnica:
Título Original: Speed Racer
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 135 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: www.speedracerofilme.com.br
Estúdio: Warner Bros. Pictures / Anarchos Productions / Village Roadshow Pictures / Silver Pictures
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Andy Wachowski e Larry Wachowski
Roteiro: Andy Wachowski e Larry Wachowski, baseado em série de TV criada por Tatsuo Yoshida
Produção: Grant Hill, Joel Silver, Andy Wachowski e Larry Wachowski
Música: Michael Giacchino
Fotografia: David Tattersall
Desenho de Produção: Owen Paterson
Direção de Arte: Hugh Bateup, Marco Bittner Rosser, Stephan O. Gessler, Sebastian T. Krawinkel e Anja Müller
Figurino: Kym Barrett
Edição: Roger Barton e Zach Staenberg
Efeitos Especiais: CIS Hollywood / Evil Eye Pictures / CafeFX / BUF / Industrial Light & Magic / Lola Visual Effects / Digital Domain / Proof / Rainmaker Animation & Visual Effects / Gentle Giant Studios / Halon Entertainment / Rising Sun Pictures / Sony Pictures Imageworks
Elenco: Emile Hirsch, Christina Ricci, Mathew Fox, John Goodman e Susan Sarandon.
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