Confesso que sempre fui fã de filmes de ficção-científica e de efeitos-visuais. Desde clássicos vistos durante a minha infância, como os da série Alien, Robocop, Star Wars (este último com menos intensidade), como também lançamentos mais recentes (Minority Report, Eu, Robô, etc). Porém, ao assistir a este "O Som do Trovão" todo este fascínio vem a baixo. Um péssimo enredo e um pior ainda desenvolvimento destroi toda a estrutura da história do longa, que poderia render um filme no mínimo razoável. No entanto, o filme não decepciona apenas por seu roteiro mal executado, mas também pelo péssimo aproveitamento dos personagens (carga dramática zero nas interpretações dos atores) e, em destaque, algo que no mínimo não pode faltar a uma produção de tema semelhante (viagem ao tempo, alterações climáticas), péssimos efeitos especiais (atributo senão é prioridade para um filme do gênero, é no mínimo essencial).
A "trama" sobre viagem ao tempo até que tenta ter fundamento, porém cai em clichês de filmes (ruins também, por sinal) do gênero, perdendo o foco principal do tema colocado e, dessa forma, caba por tornar o longa maçante e altamente previsível. A questão aberta pelo filme acerca da interferência do homem no tempo-espaço é interessante, como também a análise da evolução dos seres, no entanto o diretor Peter Hyams (também responsável pela fotografia) não demonstra habilidade (e talento) suficiente para comandar esta fantasia, perdendo o controle e, conseqüentemente, o rumo do filme em quase toda a projeção, deixando toda a carga dramática em quinto plano.
"O Som do Trovão" é estrelado por dois astros de Hollywood, o galã Edward Burns (de 15 Minutos) e Sir. Ben Kingsley (vencedor do Oscar de melhor ator por Gandhi). O primeiro, ao qual considero um ator razoável (o vi pela primeira vez em O Resgate do Soldado Ryan), anda ultimamente escolhendo péssimos projetos , e infelizmente este é um deles. Sua atuação é sofrível, uma das piores já vista. Perdido completamente no set, quase sem empatia com o espectador do longa. Quanto a Kingsley, conceituadíssimo e experiente ator britânico, parece ter dado um tempo aos grandes papeis e, também as majestosas interpretações, pois acaba se metendo em algumas pérolas como Bloodrayne (péssimo filme de Uwe Boll) e esta. Seu personagem é extremamante caricato e seu figurino (incluindo uma peruca branca ridícula) só contribui para o pior. No entanto, parece que pelo menos o ator se diverte bastante com o personagem.
Pois bem, a direção confusa, os efeitos de segunda, elenco completamente perdido e total falta de dramaticidade são ingredientes mais do que suficientes para destruir por completo este projeto. O que sobraram forma apenas algumas (pouquíssimas, por sinal) boas idéias que, infelizmente forma mal desenholvida pela equipe de roteiristas (imensa, por sinal) e pelo diretor Hyams. Se o conto do qual o longa foi baseado for tão ruim, o filme deve ser considerado perfeito. Senão (e acredito que não seja), recomendo que passe longe de "O Som do Trovão", que junto ao filme "A Reconquista" (também produzido pela Franchise Pictures, que aliás carregava o projeto do filme desde 2002, sendo este lançado apenas em 2005 e, conseqüentemente, acarretou em sua falência) é uma das piores obras de ficção-científica que eu já assisti.
NOTA: 3
Ficha Técnica
Título Original: A Sound of Thunder
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Alemanha / República Tcheca): 2005
Site Oficial: http://asoundofthunder.warnerbros.com
Estúdio: Franchise Pictures / ETIC Films / Forge / Crusader Entertainment LLC / ApolloMedia / Dante Entertainment / QI Quality GmbH & Co. KG / Epsilon Motion Pictures / Baldwin Entertainment Group
Distribuição: Warner Bros. / UIP / Europa Filmes
Direção: Peter Hyams
Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Gregory Poirier, baseado em roteiro de Thomas Dean Donnelly e Joshua Oppenheimer e em estória de Ray Bradbury
Produção: Howard Baldwin, Karen Elise Baldwin, Moshe Diamant e Andrew Stevens
Música: Nick Glennie-Smith
Fotografia: Peter Hyams
Desenho de Produção: Richard Holland
Direção de Arte: Keith Pain
Figurino: Sakina Msa e Esther Walz
Edição: Sylvie Landra
Efeitos Especiais: Black Mountain / Cineplus Cologne / Furious FX / QIX Quality International Effects / Feinwerk Berlin
Elenco: Edward Burns ,August Zirner ,Ben Kingsley ,Catherine McCormack, Armin Rohde, Heike Makatsch.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=dnLZjBnVm38
A "trama" sobre viagem ao tempo até que tenta ter fundamento, porém cai em clichês de filmes (ruins também, por sinal) do gênero, perdendo o foco principal do tema colocado e, dessa forma, caba por tornar o longa maçante e altamente previsível. A questão aberta pelo filme acerca da interferência do homem no tempo-espaço é interessante, como também a análise da evolução dos seres, no entanto o diretor Peter Hyams (também responsável pela fotografia) não demonstra habilidade (e talento) suficiente para comandar esta fantasia, perdendo o controle e, conseqüentemente, o rumo do filme em quase toda a projeção, deixando toda a carga dramática em quinto plano.
"O Som do Trovão" é estrelado por dois astros de Hollywood, o galã Edward Burns (de 15 Minutos) e Sir. Ben Kingsley (vencedor do Oscar de melhor ator por Gandhi). O primeiro, ao qual considero um ator razoável (o vi pela primeira vez em O Resgate do Soldado Ryan), anda ultimamente escolhendo péssimos projetos , e infelizmente este é um deles. Sua atuação é sofrível, uma das piores já vista. Perdido completamente no set, quase sem empatia com o espectador do longa. Quanto a Kingsley, conceituadíssimo e experiente ator britânico, parece ter dado um tempo aos grandes papeis e, também as majestosas interpretações, pois acaba se metendo em algumas pérolas como Bloodrayne (péssimo filme de Uwe Boll) e esta. Seu personagem é extremamante caricato e seu figurino (incluindo uma peruca branca ridícula) só contribui para o pior. No entanto, parece que pelo menos o ator se diverte bastante com o personagem.
Pois bem, a direção confusa, os efeitos de segunda, elenco completamente perdido e total falta de dramaticidade são ingredientes mais do que suficientes para destruir por completo este projeto. O que sobraram forma apenas algumas (pouquíssimas, por sinal) boas idéias que, infelizmente forma mal desenholvida pela equipe de roteiristas (imensa, por sinal) e pelo diretor Hyams. Se o conto do qual o longa foi baseado for tão ruim, o filme deve ser considerado perfeito. Senão (e acredito que não seja), recomendo que passe longe de "O Som do Trovão", que junto ao filme "A Reconquista" (também produzido pela Franchise Pictures, que aliás carregava o projeto do filme desde 2002, sendo este lançado apenas em 2005 e, conseqüentemente, acarretou em sua falência) é uma das piores obras de ficção-científica que eu já assisti.
NOTA: 3
Ficha Técnica
Título Original: A Sound of Thunder
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Alemanha / República Tcheca): 2005
Site Oficial: http://asoundofthunder.warnerbros.com
Estúdio: Franchise Pictures / ETIC Films / Forge / Crusader Entertainment LLC / ApolloMedia / Dante Entertainment / QI Quality GmbH & Co. KG / Epsilon Motion Pictures / Baldwin Entertainment Group
Distribuição: Warner Bros. / UIP / Europa Filmes
Direção: Peter Hyams
Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Gregory Poirier, baseado em roteiro de Thomas Dean Donnelly e Joshua Oppenheimer e em estória de Ray Bradbury
Produção: Howard Baldwin, Karen Elise Baldwin, Moshe Diamant e Andrew Stevens
Música: Nick Glennie-Smith
Fotografia: Peter Hyams
Desenho de Produção: Richard Holland
Direção de Arte: Keith Pain
Figurino: Sakina Msa e Esther Walz
Edição: Sylvie Landra
Efeitos Especiais: Black Mountain / Cineplus Cologne / Furious FX / QIX Quality International Effects / Feinwerk Berlin
Elenco: Edward Burns ,August Zirner ,Ben Kingsley ,Catherine McCormack, Armin Rohde, Heike Makatsch.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=dnLZjBnVm38
Um comentário:
Todas as críticas não gostam muito do filme, mas eu o adorei, pois mais que tudo suscita o que aconteceria se mexêssemos com o passado de forma imprudente - isto é, se realmente o fizéssemos algum dia, pelas teorias do momento sendo algo impossível. Se realmente nos conduzíssemos por qualquer motivo ao passado e pelo simples de fato de que estas coisas já ocorreram e as modificássemos - por menor que fosse esta mudança -, estaríamos às voltas com um futuro incerto... Legal de ver, apesar da produção cara classe B e todos os furos!
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